São Paulo, sexta-feira, 01 de maio de 2009 |
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Novo Enem só cobrará língua estrangeira a partir do ano que vem
Ainda é dúvida se em 2010 o aluno optará entre prova de inglês ou de espanhol ou se as duas serão obrigatórias
ANGELA PINHO LARISSA GUIMARÃES DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que irá substituir o vestibular em parte das universidades federais, não terá neste ano questões de idiomas estrangeiros. A partir de 2010 o exame irá exigir esses conhecimentos. O que ainda é dúvida é se o aluno poderá escolher entre a prova de inglês ou a de espanhol ou se as duas serão obrigatórias. A tendência é que seja adotada a segunda opção. Segundo Héliton Tavares, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep (instituto ligado ao MEC), a decisão de não incluir língua estrangeira neste ano foi tomada após manifestações de algumas escolas que diziam ensinar apenas espanhol. Ele não informou quantas foram essas manifestações. Essa situação ocorreu porque, a partir de uma lei sancionada em 2005 (com prazo de adaptação até o ano que vem), as escolas ficaram obrigadas a oferecer curso de espanhol, embora a matéria seja optativa para os alunos. Como já existia a obrigatoriedade de ensinar uma língua, algumas escolas deixaram de oferecer inglês e ficaram apenas com o espanhol, para atender às duas exigências. Levantamento da Folha publicado nesta semana mostra que, das 55 universidades federais, 14 pretendem usar somente o Enem como seleção, seja em todos os cursos ou em parte deles. Uma delas é a Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo), que deixou a cargo de cada unidade decidir se terá uma segunda fase. Para Miguel Jorge, pró-reitor de graduação, a ausência do inglês na prova deste ano vai fazer falta. Ele disse que cada curso terá autonomia para decidir se fará uma segunda fase, mas afirma que recomenda essa alternativa, em que seria exigida a língua estrangeira. Em nota distribuída pela assessoria da UnB (Universidade de Brasília), a decana de ensino e graduação da instituição, Márcia Abrahão, afirma que é um retrocesso não exigir inglês neste ano. "Estamos sucateando o processo", afirmou. A universidade decide na próxima terça se irá adotar o exame como seleção. Procurado ontem, o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) informou que a presidente da entidade estava incomunicável. Texto Anterior: Ricardo Mega do Rego Barros (1969-2009): Fotógrafo, surfista e adestrador de cães Próximo Texto: Resultado do exame faz escola que foi bem mudar de nome Índice |
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