São Paulo, sexta-feira, 01 de maio de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

foco

Manifestação de professores da rede municipal acaba em tumulto no centro de SP

FERNANDA PEREIRA NEVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE

Uma manifestação de professores da rede municipal terminou em confusão, ontem, no centro de São Paulo.
A categoria, que reivindicava aumento salarial e incorporação de gratificações -entre outros itens-, terminou o ato com gritos para que o presidente do Sinpeem (sindicato dos professores do município) renuncie ao cargo.
Os professores se reuniram em frente à Secretaria de Gestão, na rua Libero Badaró, por volta das 14h. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 500 pessoas participaram da manifestação. O ato terminou por volta das 16h, após votação para avaliar a continuidade do movimento.
Durante o tumulto, o presidente do Sinpeem, Claudio Fonseca, anunciou uma votação para decidir sobre nova paralisação da categoria, no dia 20 de maio. Após votação acirrada, o presidente decidiu pela não paralisação, o que revoltou parte dos professores.
Sob gritos de ordem para que renunciasse, Fonseca desceu do carro de som cercado por professores. Após discussão, a categoria deixou o local. Apesar da confusão e de empurrões, ninguém se feriu.
"Sempre que há disputa de posições, tem gente que fica revoltada. Mas a decisão contra a paralisação no dia 20 foi apontada até pela oposição."

Proposta
A categoria decidiu aceitar a proposta da prefeitura, que ofereceu 8,75% de reajuste -a categoria pedia 17,5%. O aumento valerá a partir de hoje e inclui, ainda, uma gratificação de R$ 800.
Com o reajuste, fica descartada a possibilidade de greve. Segundo o presidente do sindicato, porém, os professores seguirão mobilizados. O conselho da entidade volta a se reunir dia 7, quando será decidido o próximo passo. "Uma categoria com 72 mil pessoas deve debater as propostas para evitar um novo movimento esvaziado."
Há cerca de 50 mil professores na rede. Um professor de ensino fundamental, em início de carreira, recebe hoje R$ 1.121 (jornada de 30 horas).


Texto Anterior: Professor da UFRGS é condenado por racismo
Próximo Texto: Pela segunda vez: Marcha da maconha é proibida em São Paulo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.