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Manifestação de professores da rede municipal acaba em tumulto no centro de SP
FERNANDA PEREIRA NEVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE
Uma manifestação de professores da rede municipal
terminou em confusão, ontem, no centro de São Paulo.
A categoria, que reivindicava aumento salarial e incorporação de gratificações -entre
outros itens-, terminou o ato
com gritos para que o presidente do Sinpeem (sindicato
dos professores do município)
renuncie ao cargo.
Os professores se reuniram
em frente à Secretaria de Gestão, na rua Libero Badaró, por
volta das 14h. De acordo com a
Polícia Militar, cerca de 500
pessoas participaram da manifestação. O ato terminou
por volta das 16h, após votação para avaliar a continuidade do movimento.
Durante o tumulto, o presidente do Sinpeem, Claudio
Fonseca, anunciou uma votação para decidir sobre nova
paralisação da categoria, no
dia 20 de maio. Após votação
acirrada, o presidente decidiu
pela não paralisação, o que revoltou parte dos professores.
Sob gritos de ordem para
que renunciasse, Fonseca
desceu do carro de som cercado por professores. Após discussão, a categoria deixou o
local. Apesar da confusão e de
empurrões, ninguém se feriu.
"Sempre que há disputa de
posições, tem gente que fica
revoltada. Mas a decisão contra a paralisação no dia 20 foi
apontada até pela oposição."
Proposta
A categoria decidiu aceitar a
proposta da prefeitura, que
ofereceu 8,75% de reajuste -a
categoria pedia 17,5%. O aumento valerá a partir de hoje e
inclui, ainda, uma gratificação
de R$ 800.
Com o reajuste, fica descartada a possibilidade de greve.
Segundo o presidente do sindicato, porém, os professores
seguirão mobilizados. O conselho da entidade volta a se
reunir dia 7, quando será decidido o próximo passo. "Uma
categoria com 72 mil pessoas
deve debater as propostas para evitar um novo movimento
esvaziado."
Há cerca de 50 mil professores na rede. Um professor
de ensino fundamental, em
início de carreira, recebe hoje
R$ 1.121 (jornada de 30 horas).
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