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SAÚDE
Proposta de CPI retira tarefa da Fazenda e da Justiça
Serra afirma que ministério tem condição de vigiar preço de remédio
VALÉRIA DE OLIVEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O ministro José Serra (Saúde)
disse ontem que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária "tem
todas as condições" de executar
as atribuições de fiscalizar preços
de remédios, hoje a cargo dos ministérios da Fazenda e da Justiça.
Em seu relatório final, a CPI dos
Medicamentos propôs que a
agência abarque as funções de fiscalizar preços, denunciar e investigar abusos no setor farmacêutico. Atualmente, a Seae (Secretaria
de Acompanhamento Econômico) e a SDE (Secretaria de Direito
Econômico) é que são responsáveis pelas tarefas.
"Estamos dispostos a assumir
essa tarefa, se ela nos for delegada
legislativamente", afirmou Serra.
O ministro insistiu que, se a sugestão da comissão for transformada em lei, "vamos cumprir
com todo empenho".
Serra disse que ainda não leu o
relatório e que a sua opinião sobre
a mudança proposta pela CPI será
"a opinião do governo", que examinará o texto detalhadamente.
O ministro, que é do PSDB, disse que nunca pediu para assumir
a responsabilidade pelos preços
de remédios.
Declarou que a proposta era nova para ele. A inclusão da medida
no relatório da CPI foi feita por
pressão do presidente da comissão, o também tucano Nelson
Marchezan (RS).
Serra afirmou estar tranquilo
em relação à aprovação, pelo Senado, da PEC (proposta de emenda constitucional) que determina
a destinação obrigatória, à saúde,
de percentuais dos Orçamentos
federal, estaduais e municipais.
"Acho que (a PEC) vai ser aprovada, mas respeito opiniões divergentes até de pessoas com
quem tenho enorme identidade,
que é meu amigo pessoal", disse o
ministro, referindo-se ao governador do Ceará, Tasso Jereissati,
que também é do PSDB.
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