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São Paulo, domingo, 01 de junho de 2003

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Criança de 1 ano recebe implante

DA EQUIPE DE TRAINEES

O desenvolvimento de aparelhos de audição menores e mais precisos, a ampliação do público-alvo dessas próteses e os implantes cocleares em crianças a partir de um ano são as mais recentes conquistas no tratamento da surdez no Brasil.
O Hospital das Clínicas e o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP, o Centrinho, têm obtido bons resultados com os implantes cocleares.
No Centrinho, localizado em Bauru (SP), de cada 10 pessoas que fazem a cirurgia, 7 conseguem voltar a falar ao telefone. O hospital foi responsável por 60% dos implantes realizados pelo SUS em 2002.
Os especialistas ressaltam que esse tipo de cirurgia é indicado apenas para quem tem surdez profunda.
Desde o ano passado, o Centrinho faz o implante coclear em crianças a partir de um ano. "Os melhores resultados desse tratamento ocorrem em crianças de até três anos, que aprendem a falar normalmente e têm o tempo de tratamento reduzido", diz Maria Cecília Bevilacqua, coordenadora do programa de implante.
Até abril, o hospital havia operado 12 crianças de até dois anos. Segundo Bevilacqua, a redução da faixa etária para fins de implante ocorreu graças à evolução dos diagnósticos e da tecnologia dos aparelhos.
Em 1990, o Centrinho se tornou o primeiro hospital do SUS a fazer um implante coclear de alta tecnologia, usando um aparelho auditivo multicanal que permitia o reconhecimento de voz, algo inovador na época. Até então, os equipamentos possibilitavam apenas escutar ruídos, como os produzidos por uma buzina.
As próteses usadas atualmente são ainda mais finas, gastam menos bateria e permitem que o fonoaudiólogo tenha mais possibilidades de ajustar o aparelho de audição de acordo com as necessidades. (MARCOS CÔRTES)


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