São Paulo, segunda-feira, 01 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Emenda teve a intenção de gerar debate, diz Mabel

DA REPORTAGEM LOCAL

O deputado federal Sandro Mabel (PR-GO) disse que é "a favor" da terceirização da merenda escolar, embora tenha apresentado a emenda que propunha sua proibição.
Disse que sua intenção foi discutir um "custo razoável" para a terceirização. "Eu não sou contra terceirizar. Nós fizemos uma emenda radical mais para ter o debate."
Ele disse que sofreu críticas "do departamento comercial" da sua própria empresa, a fábrica de biscoitos Mabel, por tentar proibir a terceirização.
Sobre o fato de ter usado argumentos apresentados pelo representante da Mabel em São Paulo, Marcos Antonio Ferreira, o deputado disse ser prática comum. "Normalmente as entidades que mandam as emendas. A gente faz uma adaptação, alguma coisa."
"Ele representa as empresas todas. Eu que pedi que ele fizesse o estudo para mim e mandasse com a sugestão pronta", disse, sobre Ferreira.
Em relação ao veto à terceirização da merenda, o parlamentar afirmou que Ferreira e ele apenas recorreram a um artigo que já constava do projeto de lei 2.877/08, apresentado pelo governo federal em 2008, que hoje aguarda votação no Senado. "Estamos copiando o que estava no texto do governo."
Por e-mail, a assessoria de Ferreira também afirmou que a ideia da proibição estava no projeto 2.877. Ele confirmou os contatos com Mabel.
"Como cidadão e empresário do setor há 25 anos, alertei, por e-mail, o deputado Sandro Mabel sobre as reportagens e investigações do Ministério Público de São Paulo. O deputado decidiu apresentar uma emenda restituindo a redação original do PL. A emenda não foi acatada pelo relator." (RV)


Texto Anterior: Lobby tentou proibir merenda terceirizada
Próximo Texto: Entenda: Promotoria apura suspeitas contra empresas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.