São Paulo, quarta-feira, 01 de junho de 2011

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Aluno de 6 anos é agredido por outro de 14

Menino disse que apanhou de adolescente no tradicional Colégio de São Bento, no Rio; ele sofreu luxações na cabeça

Escola afirma que "sanção educativa" foi punir aluno com um dia de suspensão; delegada investiga o ocorrido


LUIZA SOUTO
DO RIO

Um menino de 6 anos foi agredido por um adolescente de 14 no Colégio de São Bento, um dos mais tradicionais do Rio, na quinta passada. A briga virou caso de polícia.
Baseada em relatos do filho e de dois amigos, a advogada Viviane Azevedo, 34, conta que o menino brincava no pátio da escola quando o adolescente passou, com mais três amigos.
Segundo ela, o filho perguntou se podia brincar com eles. Como resposta, recebeu xingamentos e agressões: foi derrubado três vezes no chão, batendo com a cabeça.
Enquanto apanhava, os outros adolescentes seguravam os dois amigos que o acompanhavam para impedir que buscassem ajuda.
A criança ficou desacordada no chão e, quando recobrou a consciência, pediu socorro. Não havia funcionários do colégio no pátio, segundo a mãe. O menino sofreu luxações na lateral esquerda da cabeça e na nuca, além de um corte na testa.
"Fomos buscá-lo e de lá o levamos para um hospital. Só depois ele nos contou que havia sido agredido por um adolescente de 14 anos."
Os pais registraram queixa, decidiram mudar o filho de escola e pretendem processar o colégio e os responsáveis pelo adolescente.
Segundo Viviane, o agressor foi punido com um dia de suspensão. Os outros adolescentes não foram punidos.
A reitoria do São Bento diz que "a avaliação sobre o incidente levou, num primeiro momento, à decisão educativa de advertir o aluno causador do acidente e aplicar a sanção educativa de suspensão". A escola não revelou a identidade do agressor.
Na tarde de anteontem, pais revoltados com a situação se reuniram no colégio para pedir providências.
Valéria de Aragão Sádio, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, intimou a supervisora pedagógica a prestar depoimento na sexta. Pediu ainda informações sobre o adolescente, para que ele possa ser ouvido em casa. Caberá à Vara de Infância e Juventude decidir se ele será punido.


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