DA REPORTAGEM LOCAL

A grande maioria das pessoas que sofrem de asma -cerca de 15% da população- só procura ajuda médica quando a crise acontece. Na crise seguinte, está de volta ao pronto-socorro.
É essa rotina, que desgasta a saúde do paciente e aumenta os custos da doença, que a Sociedade Brasileira de Asmáticos (SBA) está tentando mudar. "O mais importante é a informação", diz a médica Yara Arruda Mello, vice-presidente da SBA, regional de São Paulo. "Para que o paciente possa aderir ao tratamento e agir preventivamente, ele precisa entender a doença."
A sociedade promove reuniões mensais e um grande encontro anual, a Jornada Contra a Asma, que no domingo passado aconteceu no parque Ibirapuera (zona sul de São Paulo). A reunião de junho foi ontem, na Santa Casa. A próxima será em 25 de agosto, no Hospital do Mandaqui.
A sociedade é aberta a pacientes, familiares e profissionais que de alguma forma lidam com a doença. "Muitas crianças sofrem mais com os mitos do que com a própria asma", diz Yara. "É comum serem proibidas de jogar bola, brincar na chuva ou tomar sorvete, quando deveriam levar uma vida normal."