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VIOLÊNCIA
Estudante de Ribeirão sofreu traumatismo craniano
Aluno é agredido na porta de escola ao se negar a dar R$ 10 a colegas
KATIUCIA MAGALHÃES
DA FOLHA RIBEIRÃO
Um estudante de 17 anos, epiléptico e hipertenso, foi espancado na manhã de terça-feira por
pelo menos cinco jovens na porta
da Escola Estadual Professora Eugênia Vilhena de Moraes, na Vila
Virgínia, periferia de Ribeirão
Preto (SP), por ter se recusado a
dar R$ 10 aos agressores. Dois deles, reconhecidos pela vítima, estudam no mesmo colégio.
O estudante, que cursa o primeiro ano do ensino médio, teve
traumatismo craniano e ficou internado até ontem. De acordo
com a mãe do adolescente, N.C.,
44, o filho foi abordado pelos dois
colegas quando saía da escola, por
volta das 9h30.
Segundo a mãe, após dizer que
não tinha dinheiro, ele levou socos e pontapés. Ainda de acordo
com ela, seu filho, mesmo ferido,
caminhou até a esquina e novamente foi agredido, agora por três
jovens desconhecidos, que também jogaram terra e suco nele.
"Ele chegou todo machucado,
chorando e reclamando de fortes
dores na cabeça", disse ela, que
pretende tirar o filho da escola.
"Lá não tem segurança. O porteiro é uma cozinheira do colégio."
De acordo com o delegado Sérgio Salvador Siqueira, a polícia
não havia, até ontem à tarde,
identificado os agressores. "A vítima ainda não tem condições de
prestar depoimento", disse.
A Diretoria Regional de Ensino
divulgou nota dizendo que os
funcionários prestaram socorro
ao jovem e que o Estado manterá
contato com a família para prestar apoio. O órgão negou ter responsabilidade sobre o caso justificando que a agressão ocorreu fora
da escola.
O espancamento é o quarto caso
de violência escolar registrado
neste ano em Ribeirão. Na semana passada, o Ministério Público
abriu inquérito para apurar dois
casos de abuso sexual e agressões
físicas contra crianças e adolescentes que teriam ocorrido em escolas estaduais e municipais.
A ação foi proposta pelo Conselho Tutelar, que entrevistou famílias e acompanhou os laudos médicos que confirmaram os estupros de um menino de seis anos e
uma estudante de 11 anos.
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