São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2005

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SEGURANÇA

Devido à crise política, consulta pode ficar para 2006

Congresso adia outra vez votação do plebiscito do desarmamento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A crise política que atinge o governo Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso adiou mais uma vez a votação na Câmara do decreto legislativo autorizando o plebiscito sobre a proibição ou não da venda de armas no Brasil, previsto para outubro deste ano.
Acordo entre os líderes partidários permitiu a votação de apenas uma medida provisória na sessão de ontem à noite. Uma nova sessão do Congresso foi marcada para a próxima terça-feira, quando o plebiscito poderá entrar na pauta.
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), defensor do plebiscito, disse que o decreto legislativo está entre os projetos que devem ser colocados na pauta da próxima semana.
"Não vou permitir o recesso, como a votação da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias], sem que tenhamos votado as coisas fundamentais de interesse do Brasil", afirmou ele, elencando a consulta sobre a venda de armas entre elas.
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Carlos Velloso, disse ontem que dificilmente irá realizar a votação sobre desarmamento em outubro deste ano por causa da demora do Congresso em aprovar o decreto legislativo que o regulamenta.
Velloso afirmou que o recesso dos tribunais superiores, a partir de hoje, aumenta essa dificuldade, porque irá paralisar as atividades do TSE durante este mês.
Ele disse que irá discutir hoje com os outros ministros se o tribunal continuará aguardando a aprovação desse texto ou se avisará da impossibilidade de fazer o referendo neste ano por falta de tempo para a organização.
Nas últimas semanas, o presidente do TSE deu várias declarações alertando sobre a necessidade de aprovação até ontem do decreto legislativo. O TSE já divulgou que precisará de pelo menos 90 dias para preparar o plebiscito.
Se a votação ficar para agosto, será necessária a apresentação de uma emenda mudando a data da consulta. No texto do decreto que tramita na Câmara, a data estipulada é o primeiro domingo de outubro. Poderia, no entanto, ser transferida para novembro ou dezembro deste ano.


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