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Bando faz arrastão em prédio da Vila Leopoldina e foge
Bandidos trancaram moradores no subsolo por 40 minutos enquanto roubavam três apartamentos; ninguém se feriu
Os 15 criminosos levaram
R$ 6.500 em dinheiro, joias, eletroeletrônicos e roupas e ainda fugiram levando um Mercedes, que foi recuperado
GABRIEL MESTIERI
DA AGÊNCIA FOLHA
JULIANA CARIELLO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Três apartamentos de um
prédio de classe média alta, na
Vila Leopoldina (zona oeste de
São Paulo), foram assaltados na
madrugada de ontem, por volta
da meia-noite.
Os 15 bandidos, armados
com pistolas e fuzis, levaram
R$ 6.500 em dinheiro, eletroeletrônicos, joias e roupas dos
moradores. Ninguém foi ferido.
Depois de terem rendido o
porteiro, os assaltantes subiram nos três apartamentos,
amarraram os moradores com
fitas adesivas e os levaram até a
copa dos funcionários, no subsolo do edifício. As vítimas ficaram trancadas por cerca de 40
minutos, enquanto os ladrões
roubavam os apartamentos.
Parte deles fugiu no carro do
dono de um dos apartamentos,
um Mercedes-Benz A160, posteriormente recuperado. Outra
parte escapou de forma desconhecida. Durante a fuga, deixaram capuzes, uma mochila e
CDs, que vão ser periciados.
Um morador de 74 anos, nascido e criado no bairro, disse
que na reunião de condomínio,
há 15 dias, foi acertada a instalação de mais câmeras de segurança e a construção de um segundo portão entre a rua e a garagem. Segundo ele, os condôminos estavam preocupados
com os assaltos a prédios em
bairros próximos.
O aposentado se mudou para
o prédio há um ano, poucos meses depois de sua inauguração,
após um assalto à propriedade
vizinha à casa térrea onde morava com a mulher desde 1982.
"Meu filho achou melhor que
nos mudássemos da casa depois do assalto ocorrido há cerca de dois anos; disse que seria
mais seguro morarmos em um
prédio", conta ele, dono de um
apartamento de fundos e que
só soube da invasão ao edifício
depois da fuga dos assaltantes.
Uma outra moradora do prédio ouviu o portão ser batido
com violência, mas não chegou
a ver os bandidos saindo.
Ela manterá sua rotina, pois
considera o roubo algo pontual.
Morador da rua há 15 anos, o
corretor Frank Kiyoit, 52, concorda com o "caráter isolado"
do fato. Manterá seus hábitos.
"Vou continuar a andar a pé à
noite na rua, a fazer tudo o que
sempre fiz", diz Kiyoit. "Gosto
muito de morar na região."
Segundo o corretor, há cinco
anos o preço do metro quadrado do bairro era avaliado em R$
2.800; hoje chega a R$ 4.000.
Fátima, que não quis dar seu
sobrenome, está incomodada
com a valorização do bairro;
preferia a "época da tranquilidade". "De uns três anos para
cá, começaram a surgir prédios
de alto padrão na área, o que
chama muito a atenção dos
marginais." Ela mora na Vila
Leopoldina há 20 anos.
O edifício assaltado na madrugada de ontem tinha academia, piscina, churrasqueira,
gramado e salão de festas.
O roubo foi registrado no 91º
DP (Ceasa), a menos de dois
quilômetros do prédio. No fim
do ano passado, um estacionamento quase em frente ao prédio foi assaltado. O mesmo
ocorreu inúmeras vezes com
uma lotérica que existia a 300
metros do edifício.
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