São Paulo, quarta-feira, 01 de julho de 2009

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Bando faz arrastão em prédio da Vila Leopoldina e foge

Bandidos trancaram moradores no subsolo por 40 minutos enquanto roubavam três apartamentos; ninguém se feriu

Os 15 criminosos levaram R$ 6.500 em dinheiro, joias, eletroeletrônicos e roupas e ainda fugiram levando um Mercedes, que foi recuperado

GABRIEL MESTIERI
DA AGÊNCIA FOLHA
JULIANA CARIELLO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Três apartamentos de um prédio de classe média alta, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo), foram assaltados na madrugada de ontem, por volta da meia-noite.
Os 15 bandidos, armados com pistolas e fuzis, levaram R$ 6.500 em dinheiro, eletroeletrônicos, joias e roupas dos moradores. Ninguém foi ferido.
Depois de terem rendido o porteiro, os assaltantes subiram nos três apartamentos, amarraram os moradores com fitas adesivas e os levaram até a copa dos funcionários, no subsolo do edifício. As vítimas ficaram trancadas por cerca de 40 minutos, enquanto os ladrões roubavam os apartamentos.
Parte deles fugiu no carro do dono de um dos apartamentos, um Mercedes-Benz A160, posteriormente recuperado. Outra parte escapou de forma desconhecida. Durante a fuga, deixaram capuzes, uma mochila e CDs, que vão ser periciados.
Um morador de 74 anos, nascido e criado no bairro, disse que na reunião de condomínio, há 15 dias, foi acertada a instalação de mais câmeras de segurança e a construção de um segundo portão entre a rua e a garagem. Segundo ele, os condôminos estavam preocupados com os assaltos a prédios em bairros próximos.
O aposentado se mudou para o prédio há um ano, poucos meses depois de sua inauguração, após um assalto à propriedade vizinha à casa térrea onde morava com a mulher desde 1982.
"Meu filho achou melhor que nos mudássemos da casa depois do assalto ocorrido há cerca de dois anos; disse que seria mais seguro morarmos em um prédio", conta ele, dono de um apartamento de fundos e que só soube da invasão ao edifício depois da fuga dos assaltantes.
Uma outra moradora do prédio ouviu o portão ser batido com violência, mas não chegou a ver os bandidos saindo.
Ela manterá sua rotina, pois considera o roubo algo pontual.
Morador da rua há 15 anos, o corretor Frank Kiyoit, 52, concorda com o "caráter isolado" do fato. Manterá seus hábitos.
"Vou continuar a andar a pé à noite na rua, a fazer tudo o que sempre fiz", diz Kiyoit. "Gosto muito de morar na região."
Segundo o corretor, há cinco anos o preço do metro quadrado do bairro era avaliado em R$ 2.800; hoje chega a R$ 4.000.
Fátima, que não quis dar seu sobrenome, está incomodada com a valorização do bairro; preferia a "época da tranquilidade". "De uns três anos para cá, começaram a surgir prédios de alto padrão na área, o que chama muito a atenção dos marginais." Ela mora na Vila Leopoldina há 20 anos.
O edifício assaltado na madrugada de ontem tinha academia, piscina, churrasqueira, gramado e salão de festas.
O roubo foi registrado no 91º DP (Ceasa), a menos de dois quilômetros do prédio. No fim do ano passado, um estacionamento quase em frente ao prédio foi assaltado. O mesmo ocorreu inúmeras vezes com uma lotérica que existia a 300 metros do edifício.


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