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Impasse emperra reforma do edifício Esther
DE SÃO PAULO
O edifício Esther, quem
diria, foi parar na delegacia. Projetado em 1936 por
Vital Brazil (1909-1997), o
primeiro prédio modernista da cidade, o mais chique, o primeiro a ter apartamentos duplex, foi parar
na delegacia porque o reboco de sua fachada quase
atingiu um pedestre.
"Já caíram dois pedaços
de cimento. Um deles quase atingiu a cabeça de uma
pessoa", relata João Miguel Ferreira Jarra, síndico
do prédio.
A situação já foi pior.
"Esse prédio estava para
cair. Estava tudo errado.
Tinha até fiação exposta
na portaria", conta.
A principal dificuldade
para as obras, segundo
ele, é a prefeitura. Há dois
anos ele espera uma resposta, sem sucesso. A prefeitura diz que faltam documentos para a reforma
ser autorizada.
Os órgãos municipal e
estadual do patrimônio
histórico já aprovaram a
reforma da fachada.
As obras emergenciais
custam R$ 65 mil e visam
evitar que o reboco continue a desabar. Há outro
orçamento, de R$ 2 milhões, que prevê a recuperação total do prédio.
O prédio foi construído
para abrigar a sede da usina Esther, grande produtora de açúcar da primeira
metade do século 20. Até o
quarto andar era comercial. Depois, tinha andares
para serviçais, para gerentes e, coroando a obra, a
cobertura, para diretores.
Hoje, o aluguel de uma
sala de 90 m2 custa R$ 1
mil. Ontem, técnicos tiveram que esperar para consertar o elevador porque o
fosso alagara.
(MCC)
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