São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2010

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Impasse emperra reforma do edifício Esther

DE SÃO PAULO

O edifício Esther, quem diria, foi parar na delegacia. Projetado em 1936 por Vital Brazil (1909-1997), o primeiro prédio modernista da cidade, o mais chique, o primeiro a ter apartamentos duplex, foi parar na delegacia porque o reboco de sua fachada quase atingiu um pedestre.
"Já caíram dois pedaços de cimento. Um deles quase atingiu a cabeça de uma pessoa", relata João Miguel Ferreira Jarra, síndico do prédio.
A situação já foi pior. "Esse prédio estava para cair. Estava tudo errado. Tinha até fiação exposta na portaria", conta.
A principal dificuldade para as obras, segundo ele, é a prefeitura. Há dois anos ele espera uma resposta, sem sucesso. A prefeitura diz que faltam documentos para a reforma ser autorizada.
Os órgãos municipal e estadual do patrimônio histórico já aprovaram a reforma da fachada.
As obras emergenciais custam R$ 65 mil e visam evitar que o reboco continue a desabar. Há outro orçamento, de R$ 2 milhões, que prevê a recuperação total do prédio.
O prédio foi construído para abrigar a sede da usina Esther, grande produtora de açúcar da primeira metade do século 20. Até o quarto andar era comercial. Depois, tinha andares para serviçais, para gerentes e, coroando a obra, a cobertura, para diretores.
Hoje, o aluguel de uma sala de 90 m2 custa R$ 1 mil. Ontem, técnicos tiveram que esperar para consertar o elevador porque o fosso alagara.
(MCC)


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