São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2010

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Testemunha viu Eliza no sítio do goleiro, diz polícia

Segundo depoimento, jovem foi à propriedade de Bruno no início do mês

Versão contradiz amigos do jogador de que ele não via ex-namorada havia muito tempo; atleta não fala

RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE

A polícia de Minas informou ontem que uma testemunha afirmou ter visto Eliza Samudio, 25, e seu bebê ao lado do goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, no sítio do jogador, em Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte).
O goleiro é considerado pela polícia suspeito pelo desaparecimento de Eliza, ex-namorada que está sumida há quase um mês.
A testemunha, de identidade não revelada, não soube precisar o dia exato em que viu Eliza. No entanto, segundo a polícia, o encontro ocorreu no período de 4 a 10 de junho, entre a suposta chegada da ex-namorada no sítio e a volta dele ao Rio.
Em outro depoimento, Cleiton da Silva Gonçalves, amigo de Bruno, disse ter pedido, também por esses dias, para tomar um banho no sítio e que foi barrado porque "ela" (Eliza) estava na casa.

VERSÕES
A presença de Eliza no sítio, afirma a polícia, contradiz as versões dadas por pessoas ligadas a Bruno.
De acordo com a polícia, um representante do jogador ligou para a delegacia no sábado, 26, dizendo que Bruno, que estava ao seu lado, não via nem Eliza nem a criança "há muito tempo".
Após ser presa ao esconder o bebê de Eliza, também no sábado, a mulher do jogador, Dayanne Souza, contou à polícia que Bruno afirmara que o bebê fora enviado para Minas após ter sido abandonado por Eliza no Rio. Em nenhuma das versões, Eliza aparecia no sítio.
Afastado do elenco rubro-negro desde segunda-feira, Bruno treinou ontem no Ninho do Urubu, Centro de Treinamento do Flamengo no Rio. O restante do time está em Itu, no interior de SP.
O goleiro, que não falou com jornalistas, sorria muito durante o treino, ao lado de outros goleiros do clube. Ontem, o advogado dele também não deu declarações.

SEM DETALHES
Ontem, o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações, e o delegado Wagner Pinto, da Divisão de Crimes Contra a Vida, não deram detalhes das investigações.
Eles não confirmaram, por exemplo, a existência de sangue em um veículo Range Rover do jogador ou no sítio.
"Extraoficialmente nós temos informações, mas nós não podemos afirmar ou negar", disse Pinto.
Sobre o carro, entretanto, a polícia deixou claro que o veículo continua importante para a investigação, apesar de ter sido apreendido em uma blitz em 8 de junho e o último contato de Eliza ter ocorrido no dia 9.
Segundo Pinto, Eliza pode ter se machucado na Range Rover no dia 8 e ter falado ao telefone, no dia 9, mediante coação de seus agressores.


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