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FOCO
Contru fecha salões chiques rivais por construir "puxadinhos" nos Jardins
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO
As luzes se apagaram mais
cedo ontem sobre a foto de
três metros de Marco Antonio
de Biaggi -o cabeleireiro das
ricas dos Jardins- pendurada na entrada do seu salão.
Fiscalização da Secretaria
de Controle Urbano, capitaneada pelo próprio secretário, Orlando de Almeida, fechou o MG Hair Design (até
R$ 430 o corte) e o concorrente vizinho, da ex-sócia e desafeto de Biaggi, Lucinha
Mauro (até R$ 250 o corte).
Segundo a prefeitura, a
documentação do salão não
estava uma beleza. Além de
não ter alvará, o castelo de
Biaggi está 1,20 metro acima
do gabarito permitido na rua.
O de Lucinha tinha o dobro
de área construída além do
previsto na planta.
"Corto o cabelo aqui, o que
houve?", disse Lea Loureiro,
que passava a pé em frente
ao salão. "A senhora já ouviu
falar do famoso puxadinho?", disse o secretário.
"Foi um mal-entendido.
Vai ser resolvido e pronto",
disse Teresa Meira, sócia de
Lucinha no salão, na rua Estados Unidos. Pouco depois,
já fechado, uma atendente
marcava hora para o dia 22.
Já Biaggi não quis conversa. Foi embora escondido no
banco de trás do Jaguar de
uma de suas clientes.
As mulheres, de bobes no
cabelo, foram pegas de surpresa, mas fiscais deixaram
que terminassem o penteado
antes de fechar os salões.
Mesmo interditado, Biaggi
abriu as portas -na frente
dos fiscais e do secretário,
que não perceberam- para
atender à socialite Ana Paula
Junqueira, que chegou de
Land Rover e saiu de táxi.
Lucinha Mauro e Marco
Antonio de Biaggi foram sócios até 2007, quando cortaram relações após desentendimentos que terminaram
com a saída dela da empresa.
A briga recomeçou quando Lucinha abriu, em 8 de junho, um salão separado apenas por uma casa de onde
Biaggi atende sua mulherada
VIP. Desde então, os dois não
querem se ver nem com os
cabelos pintados de ouro.
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