JULIO ABRAMCZYK

A "Ética na divulgação científica" foi o tema central do 1º Congresso Internacional de Divulgação Científica realizado na Cidade Universitária, promovido pela Unesco e pela Abradic (Associação Brasileira de Divulgação Científica) e coordenado pelo Núcleo José Reis/ECA-USP.
Convidados avaliaram como disseminar conhecimento sobre ciência, benefícios e problemas por meio de abordagem ética.
A professora Mayana Zatz, titular de genética na USP, mostrou aspectos relacionados à produção de células-tronco com fim terapêutico. Professor de direito na USP, Dalmo de Abreu Dallari discorreu sobre as implicações ético-jurídicas da fecundação artificial e as ligadas à clonagem, com debates nos quais participou o presidente do congresso, o geneticista Crodowaldo Pavan.
O jornalista Manuel Calvo Hernando, da Espanha, disse que o jornalismo científico deve ter compromisso com a qualidade da informação e não ficar à mercê do frenesi da sociedade de consumo. Por meio de processo de alfabetização científica, deve dar ao público a possibilidade de reflexão para que possa distinguir entre informação e marketing.
Para o professor Franklin Leopoldo e Silva, da Faculdade de Filosofia da USP, as informações sobre a ciência da vida deveriam estar associadas a informações e a discussões acerca da bioética.
Diana Cazaux, da Argentina, destacou a importância de analisar o avanço científico, que pode resultar em melhor qualidade de vida ou em danos. Maurício Tuffani, da "Galileu", abordou aspectos ligados à educação e Michel Bergeron, da "Medicine/ Sciences", analisou a ética nos estudos em ciências biomédicas.


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