São Paulo, sábado, 01 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Homem é morto após fazer reféns em RO

Comerciante fez reféns funcionários de fórum de Ariquemes, atirou em lanchonete e foi baleado por policiais

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA

Um comerciante de Rondônia acabou morto ontem a tiros por policiais após fazer funcionários do fórum de Ariquemes (RO) reféns por mais de 32 horas. O desfecho do caso foi em Buritis (RO), cidade de 32 mil habitantes, onde João Carlos Patrian comercializava calçados e morava. Em uma lanchonete, segundo a polícia, após ameaçar diversas vezes se suicidar, ele soltou a última refém e atirou contra policiais.
A vítima conseguiu escapar ilesa. Patrian foi imediatamente alvejado. Um processo administrativo será aberto para apurar se houve abuso policial. A PM não sabia informar, até ontem, quantos tiros ele recebeu. Nenhum policial se feriu.
O caso começou às 9h30 da quinta-feira, no fórum de Ariquemes, cidade de 78 mil habitantes distante 150 km de Buritis. A PM chegou a dizer que Patrian estava lá para uma audiência em um dos nove processos civis no qual é parte. Mas depois disse que ele foi ao fórum apenas para fazer reféns.
No estacionamento do fórum, o comerciante deixou seu carro -recentemente penhorado pela Justiça- com um explosivo caseiro aceso. Os bombeiros que o desarmaram afirmaram que não havia risco real de explosão.
Armado com um revólver e uma pistola, ele fez inicialmente seis pessoas -dois homens e quatro mulheres, todos funcionários do órgão -reféns.
Na quinta-feira, soltou dois deles e deu quatro tiros dentro do cartório da 2ª Vara Penal, onde estava. Ninguém se feriu.
Patrian afirmava ser injustiçado pelo Judiciário. A maioria das ações que ele sofria era relacionada a dívidas.
Angelina Ramires, comandante da PM de Rondônia, disse que o comerciante sofria de um distúrbio psiquiátrico.
Ontem, Patrian liberou mais duas pessoas e afirmou que queria voltar para Buritis.
Os negociadores concordaram em lhe dar um Astra. O carro partiu à tarde, dirigido por um policial e foi monitorado pela polícia no trajeto. Em Buritis, a polícia disse que Patrian foi a uma lanchonete, onde soltou a última vítima. Tomou um sorvete, abriu fogo e foi morto.

Texto Anterior: Interior: Aluno é baleado em banheiro de escola estadual
Próximo Texto: Metrô vai ao exterior contra linha 4 mais cara
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.