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Fiscais antifumo são agredidos em Araraquara
Cliente que fumava sob toldo de bar empurrou agentes
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
DA FOLHA ONLINE
DO "AGORA"
Dois agentes da Vigilância
Sanitária de Araraquara (a 273
km de São Paulo) que faziam a
fiscalização da lei antifumo foram agredidos em um bar no
bairro Santa Angelina na madrugada de anteontem por um
cliente que fumava no local.
De acordo com a polícia, os
dois fiscais -José Aparecido
Crespolini, 46, e uma mulher
que não teve o nome divulgado,
de 39 anos- fizeram a inspeção
dentro de um bar, na rua Carlos
Gomes, no início da noite de sábado e não detectaram nenhuma irregularidade.
Porém, ao saírem do estabelecimento, encontraram um
motorista fumando sob o toldo
que protege a entrada. Os fiscais alertaram o dono do bar de
que a situação era proibida por
lei. O comerciante então chamou a atenção do motorista. O
local foi multado.
Os agentes deixavam o local
quando foram agredidos pelas
costas, segundo a polícia. O fumante teria empurrado os dois
fiscais -um esbarrou na parede, enquanto o outro caiu com
o rosto no chão, sofrendo ferimentos leves.
Pessoas que estavam em volta intervieram e a Polícia Militar foi chamada para controlar
o tumulto. De acordo com os
fiscais, o dono do bar, convocado a ajudá-los, incitou o fumante contra eles. Já no plantão policial, o motorista ainda ameaçou os fiscais dizendo que iria
agredi-los quando os encontrasse, além de xingá-los. O caso foi registrado na Polícia Civil
como suspeita de desacato a
autoridade e lesão corporal. O
motorista não foi preso.
Segundo o gerente da Vigilância Sanitária de Araraquara,
Raphael Dosualdo, o fato é "lamentável". Ele diz que o modo
de trabalho da vigilância não
será modificado. A cidade tem
três autuações por causa da lei.
Lei antifumo
A lei antifumo entrou em vigor em agosto e proíbe o uso de
cigarro e derivados de tabaco
em áreas fechadas de uso coletivo, como bares e restaurantes.
O fumante não é punido, mas
pode ser obrigado a deixar o local. A multa fica para o proprietário do estabelecimento. O valor é de R$ 792,50 no primeiro
flagrante. Em caso de reincidência, sobe para R$ 1.585. Se
for flagrado pela terceira vez, o
local tem o alvará suspenso por
48 horas; na quarta vez, a interdição é de um mês.
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