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Legacy ia para empresa de táxi aéreo nos EUA
Aeronave da Embraer tinha a bordo sete passageiros
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE NOVA YORK
O Legacy que se envolveu no
acidente com a avião da Gol era
um jato novo, recém-fabricado
pela Embraer, e estava em vôo
para deixar o Brasil pela primeira vez.
O Legacy tinha a bordo sete
passageiros e decolou do aeroporto de São José dos Campos
(91 km de SP), no Vale do Paraíba, às 14h52 de anteontem. O
destino era o aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus (AM).
De lá, seguiria para os EUA.
O jato foi comprado da Embraer pela empresa de táxi aéreo americana Excel Aire, com
sede em Ronkonkoma, Long Island, Estado de Nova York. A
empresa confirma a transação
e diz que o vice-presidente, David Rimmer, responsável por
serviços de charter, estava em
São José para fechar negócios
com a fabricante brasileira e
trazer a nova aeronave aos
EUA, a segunda da frota.
A porta-voz da Excel Aire, Lisa Hendrickson, afirma que o
executivo passa bem, mas, a pedido das autoridades aeroportuárias brasileiras, está incomunicável na base aérea de Cachimbo. O isolamento seria para ajudar na investigação do
acidente. Rimmer não estaria
em contato com a empresa.
Segundo funcionários do aeroporto de São José, os passageiros do Legacy embarcaram
na aeronave diretamente da sede da Embraer. Por se tratar de
um avião executivo e porque
realizaria num primeiro momento um vôo dentro do país, a
identificação dos passageiros
não é necessária, ao contrário
de vôos comerciais. Em Manaus, antes de partir para o exterior, o Legacy seria então vistoriado, e seus passageiros
também teriam que apresentar
documentos e passaporte.
Construído sobre a plataforma do jato comercial ERJ 145, o
Legacy foi o primeiro avião executivo lançado pela Embraer,
em 2002. Ele tem capacidade
para transportar até 13 passageiros e custa US$ 24 milhões.
Tem 26,33m de comprimento e
21,17m de asa a asa.
A Embraer disse que enviou
técnicos até a região da queda
do Boeing, para ajudar as autoridades na investigação. Em
nota, a fabricante diz que "lamenta profundamente o acidente" e que "se solidariza com
os familiares das vítimas e a Gol
Linhas Aéreas neste momento
de dor para todos."
A Embraer informou ainda
que o Legacy possui um aparelho chamado TCAS (sigla em
inglês para sistema de alerta
anticolisão), que avisa o piloto
quando existe risco de choque
com outra aeronave ou com alvos fixos, como montanhas.
O piloto de helicóptero
Eduardo Faria, na profissão há
nove anos, disse que o TCAS
(pronuncia-se tiqués), no caso
de aviões, é acoplado ao próprio
piloto automático e, por isso,
tem capacidade de, sozinho,
desviar o avião de curso.
"Tanto o Boeing da Gol como
o Legacy contam com este sistema. Acredito que um dos dois
aparelhos tenha falhado ou, então, estava desligado. Com o
TCAS funcionando perfeitamente é praticamente impossível uma colisão", disse Faria.
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