São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2006

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Número de asmáticos pode ser superior ao identificado, de acordo com estudo

DA REPORTAGEM LOCAL

Os pesquisadores acreditam que a asma pode ser mais freqüente do que se imagina. Antonio Carlos Pastorino, pediatra do Hospital Sírio-Libanês, afirma que "boa parte" dos jovens estudados não sabia que tinha a doença.
Entre os adolescentes de 13 e 14 anos da região oeste de São Paulo, por exemplo, 22% responderam positivamente para os sintomas de asma, mas apenas 9% já tinham recebido esse diagnóstico. "Há discrepância entre sintomas e diagnóstico. Muitos não têm acesso à saúde e há um estigma, muitos pacientes são subdiagnosticados", afirma Pastorino.
Segundo Ciro Kirchenchtejn, pneumologista da Unifesp, muitas pessoas preferem dizer que têm bronquite, uma inflamação dos brônquios causada geralmente por uma infecção, em vez de afirmar que têm asma, o que pode atrapalhar o diagnóstico e o tratamento.
"Há uma resistência cultural. A asma parece mais grave, não tem cura, pode matar e tem um componente genético, o que pode gerar culpa", afirma Kirchenchtejn.
Apesar da doença ser comum, e controlável, ela pode matar. Cerca de 3.000 pessoas morrem por ano no Brasil em decorrência da asma. Entre os 22% citados anteriormente com os sintomas, 5,6% tinham asma grave.


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