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Número de asmáticos pode ser superior ao identificado, de acordo com estudo
DA REPORTAGEM LOCAL
Os pesquisadores acreditam
que a asma pode ser mais freqüente do que se imagina. Antonio Carlos Pastorino, pediatra do Hospital Sírio-Libanês,
afirma que "boa parte" dos jovens estudados não sabia que
tinha a doença.
Entre os adolescentes de 13 e
14 anos da região oeste de São
Paulo, por exemplo, 22% responderam positivamente para
os sintomas de asma, mas apenas 9% já tinham recebido esse
diagnóstico. "Há discrepância
entre sintomas e diagnóstico.
Muitos não têm acesso à saúde
e há um estigma, muitos pacientes são subdiagnosticados", afirma Pastorino.
Segundo Ciro Kirchenchtejn,
pneumologista da Unifesp,
muitas pessoas preferem dizer
que têm bronquite, uma inflamação dos brônquios causada
geralmente por uma infecção,
em vez de afirmar que têm asma, o que pode atrapalhar o
diagnóstico e o tratamento.
"Há uma resistência cultural.
A asma parece mais grave, não
tem cura, pode matar e tem um
componente genético, o que
pode gerar culpa", afirma Kirchenchtejn.
Apesar da doença ser comum, e controlável, ela pode
matar. Cerca de 3.000 pessoas
morrem por ano no Brasil em
decorrência da asma. Entre os
22% citados anteriormente
com os sintomas, 5,6% tinham
asma grave.
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