São Paulo, quarta-feira, 01 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAULO HENRIQUE SILVEIRA GONÇALVES (1958-2008)

Um radialista "arrasa-quarteirão"

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A trajetória da doença de Paulo Henrique Gonçalves foi da "dorzinha" nas costas, no começo do ano, ao diagnóstico de um câncer ósseo, que o matou na manhã de sexta, aos 49, em Santos.
Era roxo pelo Palmeiras, tão apaixonado que, no sábado, durante seu enterro, realizaram-lhe o último desejo: teve o corpo envolto em bandeira verde. Foi sepultado vestindo a camisa do time.
Alto e grande, a irmã o chamava de "arrasa-quarteirão", mas quem gostava mesmo de pôr apelido em meio mundo era ele, o Paulo Henrique de alcunha PH, radialista.
Nascido e crescido no bairro do Sumaré, na zona oeste de São Paulo, arrumou emprego em Santos. Lá, há 15 anos, apaixonou-se por Silvia, a vizinha do andar de cima, que morava com os pais.
Foram viver juntos. Atualmente, estavam em processo de adoção de uma menina de sete anos, que o casal criou desde que a garota nasceu -seu sonho era tê-la oficialmente como filha.
Formado pela Faap e com curso em radialismo pelo Senac, trabalhou nas rádios "Tupi", "Atual" e "ABC", em São Paulo. Na Baixada Santista, passou por emissoras do Guarujá e pela "Tribuna".
Fanático por futebol, sabia tudo sobre o Palmeiras, equipe que adotou por influência da avó. Margarida, a irmã, às vezes chamada por ele de "general alemão" quando ficava brava, lembra que PH era o consultor dos amigos sobre o time. Ele completaria 50 anos em novembro.

obituario@folhasp.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Policiais em greve fazem novo protesto
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.