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PAULO HENRIQUE SILVEIRA GONÇALVES (1958-2008)
Um radialista "arrasa-quarteirão"
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A trajetória da doença de
Paulo Henrique Gonçalves
foi da "dorzinha" nas costas,
no começo do ano, ao diagnóstico de um câncer ósseo,
que o matou na manhã de
sexta, aos 49, em Santos.
Era roxo pelo Palmeiras,
tão apaixonado que, no sábado, durante seu enterro, realizaram-lhe o último desejo:
teve o corpo envolto em bandeira verde. Foi sepultado
vestindo a camisa do time.
Alto e grande, a irmã o chamava de "arrasa-quarteirão",
mas quem gostava mesmo de
pôr apelido em meio mundo
era ele, o Paulo Henrique de
alcunha PH, radialista.
Nascido e crescido no bairro do Sumaré, na zona oeste
de São Paulo, arrumou emprego em Santos. Lá, há 15
anos, apaixonou-se por Silvia, a vizinha do andar de cima, que morava com os pais.
Foram viver juntos. Atualmente, estavam em processo
de adoção de uma menina de
sete anos, que o casal criou
desde que a garota nasceu
-seu sonho era tê-la oficialmente como filha.
Formado pela Faap e com
curso em radialismo pelo Senac, trabalhou nas rádios
"Tupi", "Atual" e "ABC", em
São Paulo. Na Baixada Santista, passou por emissoras
do Guarujá e pela "Tribuna".
Fanático por futebol, sabia
tudo sobre o Palmeiras, equipe que adotou por influência
da avó. Margarida, a irmã, às
vezes chamada por ele de
"general alemão" quando ficava brava, lembra que PH
era o consultor dos amigos
sobre o time. Ele completaria 50 anos em novembro.
obituario@folhasp.com.br
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