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Policiais em greve fazem novo protesto
Manifestantes, em greve desde o último dia 16, foram à Assembléia Legislativa; negociação entre governo e grevistas segue suspensa
Durante passeata até o Detran, manifestantes carregavam um caixão para, segundo eles, simbolizar o enterro do governador Serra
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Policiais civis em greve voltaram a protestar ontem contra a
gestão José Serra (PSDB). Em
greve há 15 dias, os grevistas
realizaram manifestações na
Assembléia Legislativa e no Detran, na capital paulista, em
Campinas e em Piracicaba.
Em São Paulo, manifestantes
se reuniram por volta das
14h30 na Assembléia Legislativa (zona sul de SP). Mas, a poucos dias da eleição, quase não
havia deputados no local.
O deputado Mauro Bragato
(PSDB) se ofereceu para "aprofundar as negociações" entre
governo e grevistas, mas teve o
discurso interrompido por
vaias. À Folha ele afirmou que
as vaias foram dadas por grevistas ligados a partidos de
oposição. Ele, porém, não quis
falar a que partido se referia.
Cerca de 1.500 policiais, segundo avaliação do comando
de greve, caminharam até o
Detran acompanhando um
carro de som. Eles carregaram
um caixão para, segundo eles,
simbolizar o enterro do governador José Serra.
A passeata complicou o trânsito próximo ao parque Ibirapuera e motoboys se desentenderam com grevistas.
Desde o início da greve, no
último dia 16, policiais civis
restringiram o atendimento
nas delegacias. Levantamento
feito pela Folha mostra que ao
menos 73 dos 93 DPs da cidade
tinham policiais em greve.
A ordem do comando de greve é deixar de registrar só as
ocorrências consideradas simples, como furto e perda de documentos, mas a Folha já relatou vários casos, por exemplo,
de pessoas que não conseguiram atendimento em casos de
agressão e roubo.
Em Campinas, pelo menos
500 policiais civis saíram às
ruas usando narizes de palhaço. Todos os delegados dos 13
Distritos Policiais da cidade
participaram do ato, que durou
cerca de uma hora. Em Piracicaba, segundo o comando de
greve, 280 manifestantes participaram de uma passeata.
Os policiais querem 15% de
reajuste imediato, mais duas
parcelas de 12% em 2009 e em
2010. Já o governo oferece um
pacote de medidas que, afirma,
proporcionará aumento de até
38% a delegados, além de outros benefícios aos policiais.
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