COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para especialistas em educação e violência ouvidos pela Folha, episódios como o ocorrido na Escola Adventista de Embu refletem o universo de violência das crianças hoje.
"Como a criança e o adolescente hoje participam do mundo adulto 100%, é claro que essa violência vai acabar na mão dele também", afirmou Rosely Sayão, psicóloga e colunista da Folha.
A opinião é compartilhada por Isaura Castanho Oliveira, coordenadora do Núcleo de Violência e Justiça da PUC-SP, que critica as escolas que tratam o assunto como um fator exclusivamente externo.
"Ao desconhecer as famílias e as crianças que recebe, [a escola] se comporta como uma ilha."
Maria Letícia Nascimento, professora da Escola de Educação da USP, defende a criação de políticas públicas eficazes e mais pressão sobre governantes.
Após um episódio traumático, as especialistas defendem ser fundamental contar a verdade e deixar as crianças se expressarem. "A escola tem que conversar com as crianças, ver o que elas viram, sentiram, deixar elas falarem. Não pode fazer de conta que não aconteceu nada", disse Oliveira.
(SAMIA MAZZUCCO)


Texto Anterior: Perícia aponta que sala de aula foi lavada
Próximo Texto: Outro lado: "Sala de aula não foi lavada", afirma advogado de colégio
Índice | Comunicar Erros