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RIO
Governador desautoriza PM e dá pensão a viúvo de policial
DA SUCURSAL DO RIO
O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, desautorizou ontem a Polícia Militar e
determinou que a corporação conceda pensão ao companheiro de um policial morto em combate.
A PM havia negado o pedido, contrariando uma lei do
próprio Cabral que determina o reconhecimento, por
parte da previdência estadual, da união estável entre
pessoas do mesmo sexo.
A corporação havia alegado, em seu boletim interno,
que o benefício só podia ser
concedido a "união estável
entre homem e mulher", citando o Código Civil.
Com 50 anos e preferindo
não ter seu nome divulgado,
o homem que requereu a
pensão afirma ter vivido com
o soldado Franklin Pereira
Duarte por cinco anos até a
morte do policial, durante
uma operação em 1997, em
uma favela do centro do Rio.
Ele apresentou à PM testemunhas, fotos, comprovantes residenciais dos dois no
mesmo endereço, conta conjunta e outros documentos.
No entanto, a corporação
afirmou no boletim que "não
reconhece a relação dos conviventes como indícios da
existência de união estável,
por contrariar o disposto no
Código Civil Brasileiro", e citava o artigo 1.723 da lei:
A divulgação do caso foi
feita pelo jornal "Extra"
"Sempre tem uma dose ainda de preconceito, não da
PM, mas daquela pessoa que
está avaliando", disse Cabral.
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