|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SEGURANÇA
"Mas situação da segurança pessoal está piorando no país", diz analista da consultoria inglesa Control Risks
Brasil tem baixo risco político, diz relatório
DA SUCURSAL DO RIO
Além de monitorar diariamente 300 cidades ao redor do mundo, a Control Risks produz anualmente um mapa com previsões
sobre os riscos políticos e de segurança dos países. Para 2001, o Brasil está classificado como um país
de baixo risco em ambas as categorias. É a mesma avaliação feita
para os EUA, a França, a Inglaterra e a Alemanha, por exemplo.
O "RiskMap 2001" (mapa de riscos em 2001) foi lançado este mês
em Londres. As duas avaliações
têm cinco níveis: insignificante,
baixo, médio, alto e extremo.
"A situação política do Brasil
tem melhorado. A democracia
brasileira está consolidada e um
golpe de Estado dado pelos militares é impensável. O presidente
que vai suceder Fernando Henrique Cardoso vai ser escolhido em
uma eleição aberta e transparente
e a transferência de poder em
2002 deve ocorrer de forma pacífica", explica Paul Doran, analista
de pesquisas para as Américas da
Control Risks.
"Mas a situação da segurança
pessoal está piorando", avalia Doran, afirmando que, na época do
regime militar, esse aspecto não
era tão ruim, embora os riscos políticos fossem maiores.
Presidente da Control Risks do
Brasil, James Wygand avalia que a
situação político-econômica no
país vem melhorando. E dá exemplos. "O correio brasileiro funciona melhor e mais rápido do que
nos Estados Unidos", compara.
Extremo risco
Desde 1997, quando foi criado o
"RiskMap", o número de países
classificados como de extremo
risco à segurança passou de cinco
para 12. Aqueles considerados de
alto risco passaram de 39 para 47.
Praticamente todas as áreas de
risco são em países pobres.
Jake Stratton, diretor de pesquisas do serviço de informação da
Control Risks, acredita que há
uma ligação direta entre pobreza
e violência.
Ele salienta, entretanto, que essa
relação não é obrigatória. Ele cita
a Índia, em que as áreas mais inseguras não são necessariamente as
mais pobres.
Coréia do Norte
O relatório desenvolvido pela
Control Risks também mostra
que as regiões mais inseguras
nem sempre são as que sofrem
maior instabilidade política ou
econômica. Segundo Stratton, esse é o caso da Coréia do Norte.
"Lá o risco político é alto. É um
país controlado por um homem
bastante misterioso, com um partido único, não há um Judiciário
confiável para investidores. Mas é
um dos lugares mais seguros do
mundo", explica.
(LAR)
Texto Anterior: Segurança: Executivos de múltis temem São Paulo e Rio Próximo Texto: Executivo no Brasil nunca foi assaltado Índice
|