São Paulo, sexta-feira, 01 de dezembro de 2000

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Executivo no Brasil nunca foi assaltado

DA SUCURSAL DO RIO

Presidente da Control Risks do Brasil, o economista norte-americano James Wygand, 57, passou mais da metade da sua vida no Rio e em São Paulo. Em 35 anos vivendo nas duas principais cidades do país, ele nunca passou por uma experiência corriqueira: ser assaltado.
Quando chegou ao Brasil, em 1965, o então brasilianista Wygand foi morar na favela do Jacarezinho (zona norte do Rio) -seu objeto de estudo. Ficou dois anos. "Mas hoje eu não entraria lá", afirma ele, que coordena a Control Risks no Cone Sul.
Nascido em Nova Jersey, Wygand orgulha-se de ser chamado pelos amigos de "amerioca", uma fusão de americano com carioca. Ele já desfilou no Carnaval -pela Unidos do Jacarezinho.
Ao todo, Wygand viveu 25 anos no Rio antes de mudar para São Paulo. Hoje mora no Morumbi (zona sul). Uma de suas atribuições é ensinar a seus clientes estrangeiros como minimizar os riscos ao visitar o Brasil. As dicas vão de como se vestir até a maneira de andar para "não parecer gringo". "Não pode dar sopa."
Wygand salienta que o conceito de risco depende de vários fatores, muitos deles culturais. Algumas vezes, questões banais influenciam. Wygand diz que os brasileiros têm noção de espaço pessoal menor do que europeus e norte-americanos. "Se o brasileiro se aproxima, o estrangeiro normalmente faz um movimento para trás. Ele não sabe que isso não significa necessariamente uma ameaça", afirma. (LAR)



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