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Executivo no Brasil nunca foi assaltado
DA SUCURSAL DO RIO
Presidente da Control Risks do
Brasil, o economista norte-americano James Wygand, 57, passou
mais da metade da sua vida no
Rio e em São Paulo. Em 35 anos
vivendo nas duas principais cidades do país, ele nunca passou por
uma experiência corriqueira: ser
assaltado.
Quando chegou ao Brasil, em
1965, o então brasilianista
Wygand foi morar na favela do Jacarezinho (zona norte do Rio)
-seu objeto de estudo. Ficou
dois anos. "Mas hoje eu não entraria lá", afirma ele, que coordena a Control Risks no Cone Sul.
Nascido em Nova Jersey,
Wygand orgulha-se de ser chamado pelos amigos de "amerioca", uma fusão de americano com
carioca. Ele já desfilou no Carnaval -pela Unidos do Jacarezinho.
Ao todo, Wygand viveu 25 anos
no Rio antes de mudar para São
Paulo. Hoje mora no Morumbi
(zona sul). Uma de suas atribuições é ensinar a seus clientes estrangeiros como minimizar os
riscos ao visitar o Brasil. As dicas
vão de como se vestir até a maneira de andar para "não parecer
gringo". "Não pode dar sopa."
Wygand salienta que o conceito
de risco depende de vários fatores, muitos deles culturais. Algumas vezes, questões banais influenciam. Wygand diz que os
brasileiros têm noção de espaço
pessoal menor do que europeus e
norte-americanos. "Se o brasileiro se aproxima, o estrangeiro normalmente faz um movimento para trás. Ele não sabe que isso não
significa necessariamente uma
ameaça", afirma.
(LAR)
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