DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Tirar os carros do Minhocão para transformá-lo em um corredor expresso só para os ônibus e somar mais 200 km de corredores aos 353 km que o poder público planeja construir na região metropolitana de São Paulo até 2025.
São as principais propostas de um estudo sobre a mobilidade urbana em São Paulo feito pelo Cesesp/FGV (Centro de Estudos em Política e Economia do Setor Público da Fundação Getulio Vargas) para o Urban Age, evento que reunirá especialistas de vários países na capital paulista para discutir a mobilidade nas metrópoles latinas de 3 a 5 de dezembro .
O documento afirma que, embora seja "um avanço", a proposta estadual de ampliação da rede de transportes na região metropolitana de São Paulo "ainda é tímida", sobretudo no que diz respeito à construção de corredores de ônibus -cujo quilômetro, segundo o estudo, custa dez vezes menos que o do metrô.
A sugestão é interligar toda a rede sobre trilhos por meio de corredores rápidos de ônibus (semelhantes ao Expresso Tiradentes) e pôr os carros "no último nível de prioridade" das políticas públicas para os transportes em São Paulo.
Além de tornar o Minhocão um corredor, o grupo propõe criar, no entorno do elevado, parques lineares e pólos de serviços, para atrair moradores aos prédios vizinhos.
"A idéia é dar um exemplo emblemático, radical, transformar uma estrutura feita para os carros em corredor para o transporte público", afirma o arquiteto e ex-funcionário da SPTrans Luís Otávio Calagian, um dos membros do grupo.
O Urban Age é um projeto ligado à London School of Economics, que desde 2005 mapeia o desenvolvimento de grandes metrópoles mundiais. (AI, RS E TB)


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