São Paulo, domingo, 02 de janeiro de 2011 |
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MARIA APARECIDA DAS GRAÇAS LELLIS (1948-2010) Investiu na bolsa e em vira-latas JAMES CIMINO DE SÃO PAULO A ausência de formação universitária não impediu que Maria Aparecida das Graças Lellis, a Cida, fundadora do Clube dos Vira-Latas, fosse uma bem-sucedida investidora da bolsa de valores de Nova York. Autodidata, aprendeu inglês e as complicadas regras do câmbio sozinha. Filha temporã, nasceu quando a mãe tinha 48 anos. Nunca se casou nem teve filhos. Segundo a amiga Claudia Demarchi, Cida dizia não ter paciência com homens. Cuidou dos pais, que morreram aos 90 e 97 anos e, após se aposentar no mercado financeiro, resolveu dedicar a vida aos vira-latas. Doou a casa e tudo o que tinha à instituição criada há dez anos e que hoje abriga cerca de 400 animais. Chegou a ter problemas financeiros para manter a casa, mas, hoje, recebia ajuda de outros beneméritos da causa, que passaram a fazer parte do clube. Gostava de ler livros de mistério. Seus autores favoritos, segundo a sobrinha Ângela, eram Agatha Christie, P.D. James e Ellery Queen. "Nós a chamávamos de "titiinha", pois embora fosse nossa tia, era só seis anos mais velha que eu. Ela despertou meu interesse pelo inglês", conta Ângela. Sofria de uma doença degenerativa chamada síndrome de Goodpasture. Estava em coma havia uma semana e morreu na última quinta-feira, vítima de uma hemorragia cerebral Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Gilberto Dimenstein: Um brinde à saúde Índice | Comunicar Erros |
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