São Paulo, sexta-feira, 02 de fevereiro de 2001

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Ex-secretários ganhavam mais de R$ 8 mil

DA REPORTAGEM LOCAL

Embora o limite para o salário de um secretário municipal seja hoje de R$ 4.784,00, ex-secretários das gestões Paulo Maluf (PPB) e Celso Pitta (PTN) chegaram a ganhar R$ 8.198,13 por meio da Prodam (Companhia de Processamento de Dados do Município). Por ser uma empresa de economia mista, a Prodam pode pagar vencimentos acima dos R$ 6.000, salário recebido pela prefeita Marta Suplicy.
Segundo dados da Prodam, que fazia os pagamentos, o salário acima dos R$ 6.000 foi pago ao ex-secretário municipal João Otaviano Machado Neto (Serviços e Obras) até outubro do ano passado e a José Antonio de Freitas (Finanças), exonerado no mês passado pela atual administração.
Era por meio da empresa municipal que também eram pagos salários no mesmo valor, por exemplo, para a ex-secretária de Pitta Marlene Beteghelli.
Ela foi demitida da Prodam em novembro do ano passado, segundo o chefe de gabinete da empresa, Rogério da Silva.
Segundo a atual administração, esse tipo de contratação deixará de ocorrer com a proposta de readequação de salários de funcionários com cargos de confiança.

Desvio de função
Para o Ministério Público, essas contratações caracterizavam desvio de função e desrespeito às regras previstas nos contratos de prestação de serviços assinados pela prefeitura e pela empresa.
A administração Celso Pitta sempre negou irregularidade na utilização de funcionários da Prodam na prefeitura sob o argumento de que os contratos permitiam essa transferência.
Além dessa questão, empresas como a Prodam e a Anhembi Eventos e Turismo também são investigadas pelo Ministério Público e pela polícia como foco de contratação de funcionários fantasmas em gestões passadas.
Um dos inquéritos da Polícia Civil, presidido pelo delegado Itagiba Franco, deverá ser concluído nos próximos dias.


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