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ACIDENTE
Segundo a Defesa Civil, problema foi provocado por erro na operação do equipamento do parque aquático
Queda de teleférico deixa 10 feridos no Rio
PEDRO DANTAS
CRISTIAN KLEIN
DA SUCURSAL DO RIO
A queda de um teleférico no
parque aquático Rio Water Planet, em Vargem Grande (zona
oeste do Rio), deixou dez pessoas
feridas ontem no Rio. O acidente
aconteceu por volta das 11h30,
quando cerca de 3.500 pessoas estavam no local. O parque foi interditado por tempo indeterminado
pela Defesa Civil municipal.
Uma vistoria preliminar feita
por peritos da Defesa Civil constatou que o cabo do teleférico saiu
da roldana que fica no topo do teleférico, a uma altura de cerca de
seis metros, provocando a queda
de 12 cadeiras duplas, todas ocupadas. Segundo a Defesa Civil, um
erro na operação do equipamento
teria causado o acidente.
Duas pessoas sofreram ferimentos mais graves. O salva-vidas Robson Correia Neto, atingido pelo cabo, está internado em
estado grave no Hospital Geral do
Corpo de Bombeiros. Ele sofreu
um traumatismo na coluna vertebral. A estudante Fernanda Martins Pelose está internada no hospital RioMar. Ela teve um corte
profundo na panturrilha e pode
ser submetida a uma cirurgia.
O Rio Water Planet foi inaugurado em 1998 e possui 28 atrações,
entre piscinas com ondas, corredeiras e tobogãs. O teleférico foi
vistoriado pela última vez há dois
anos, segundo a Defesa Civil.
De acordo com a direção do
parque, o acidente aconteceu porque dois rapazes balançavam as
cadeiras, o que fez com que o sistema de segurança do teleférico
fosse acionado. Segundo essa versão, o sistema faz com que as cadeiras desçam ""em velocidade
programada" para que os passageiros possam sair.
""Não houve queda, as cadeiras
desceram. Algumas pessoas ficaram nervosas e se jogaram antes
de as cadeiras atingirem o solo",
disse o gerente de marketing do
Rio Water Planet, Pedro Drabik.
O coordenador da Defesa Civil
municipal, coronel João Carlos
Mariano, contestou a versão do
gerente: ""Se a cadeira balança e
cai, o equipamento não poderia
funcionar. Esse sistema de segurança não existe. É mentira".
A versão das vítimas do acidente também é diferente da dos diretores do parque. ""Ninguém balançava as cadeiras, apenas o vento. Ouvimos um estouro e caímos
todos. Eu e minha namorada caímos no mato e meus tios nas pedras", disse Gustavo Taveira Martins, 21, que teve ferimentos no
rosto e na perna esquerda.
O socorro às vítimas também
tem versões diferentes. A administração do parque afirma que os
feridos foram atendidos imediatamente pela equipe médica de
plantão -dois médicos e três enfermeiros. Testemunhas e feridos
dizem que o socorro foi prestado
de forma precária por salva-vidas.
""O socorro demorou 20 minutos, os salva-vidas abandonaram
os outros brinquedos e começaram a recolher os feridos", afirmou o estudante Marcos Araújo,
25. Martins, namorado de Fernanda Pelose, chegou a discutir
com funcionários. ""A Fernanda
tinha um corte na perna, não conseguia andar e os salva-vidas queriam tirá-la de lá com uma bóia."
A estudante Madalena Freitas,
19, estava no topo do teleférico e
contou ter visto o cabo atingindo
o salva-vidas Robson Correia Neto. ""Foi horrível. Ele despencou
na minha frente e caiu no mato
desacordado." Na versão do parque, ele caiu ao se desequilibrar
quando socorria uma pessoa.
A Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a PM e o Conselho de Engenharia fazem nova perícia hoje.
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