São Paulo, sexta-feira, 02 de fevereiro de 2001

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ÁREA DE RISCO

Barracos estão sobre gasoduto da Comgás

80 famílias serão transferidas com urgência da favela do Bom Retiro



DA REPORTAGEM LOCAL

Um terço da favela do Bom Retiro (ex-favela do Gato), no centro, terá que ser transferida em caráter de urgência. Cerca de 80 barracos estão instalados numa faixa de dez metros sobre um gasoduto da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo). Outras 49 famílias estão desabrigadas desde o início da semana, após um incêndio.
A tubulação do gasoduto corre ao longo do acostamento da marginal Tietê. O número preliminar de casas em situação de risco, segundo levantamento feito ontem por uma equipe chefiada pelo superintendente de transmissão da Comgás, Sérgio Butocco, elevou-se em razão do avanço da favela sobre a calçada da avenida Presidente Castelo Branco.
O risco das 340 famílias que vivem no local é maior em razão de a Comgás não poder vistoriar a tubulação com um veículo especial que detecta vazamento pelo odor do produto.
Butocco afirma que a última notificação da empresa à Prefeitura de São Paulo sobre o perigo da ocupação foi feita em 1999.

Prefeitura
Para a administradora regional da Sé, Clara Ant, a desocupação é prioridade, mas depende de entendimentos entre a Secretaria Municipal da Habitação e a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo).
Os moradores da favela do Bom Retiro querem ser transferidos para as imediações e se negam a ficar em abrigos enquanto uma solução não é definida.


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