São Paulo, sexta-feira, 02 de fevereiro de 2001

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SAÚDE

Estudo do CRM aponta "proletarização" da categoria

Médicos de SP trabalham cada vez menos como profissionais liberais

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os médicos paulistas estão fechando seus consultórios e dedicando-se ao trabalho em instituições públicas e privadas. Essa tendência de "proletarização" pode ser constatada por pesquisa do Conselho Regional de Medicina (CRM) realizada pelo Datafolha e divulgada ontem.
Nessa pesquisa, 55% dos médicos do Estado de São Paulo disseram atender em consultório próprio. Em 1995, outra consulta, desta vez feita pela Fiocruz, mostrou que 74,6% dos médicos paulistas tinham consultório. A queda é de 19,6 pontos percentuais.
"Uma das explicações é o descredenciamento de médicos e serviços por parte das empresas de medicina de grupo", diz Regina Parizi Carvalho, presidente do CRM. Outro fator seria a queda nos valores pagos por consulta por essas empresas.
A pesquisa Datafolha também confirma uma tendência de feminilização da profissão, já apontada em 1995. Naquela época, 31,2 em cada 100 profissionais eram mulheres. Hoje são 36 em cada 100. "Nas faixas jovens, as mulheres já são 50%, o que aponta para um predomínio feminino num futuro não distante", diz Regina. Em algumas escolas de medicina, já se constata esse predomínio.
Pela pesquisa Datafolha, 34% dos médicos disseram estar "totalmente satisfeitos com a profissão" e 53% "parcialmente satisfeitos". Em média, os médicos paulistas têm 41,5 anos de idade e sua renda familiar é de R$ 8.287,30.
O Datafolha ouviu 269 médicos na capital e 264 no interior, e a pesquisa tem uma margem de erro de 4,5 pontos percentuais.


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