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OUTRO LADO
Ibama afirma fazer reuniões de orientação
DA AGÊNCIA FOLHA, NA
PRAIA DE QUIXABA (CE)
O gerente regional do Ibama
no Ceará, Raimundo Bonfim,
afirmou que a pesca de arrasto
de camarão "é um crime", mas
reconheceu que, apesar da
proibição em vigor desde junho, nada foi feito ainda para
que os pescadores utilizassem
os barcos em diferentes atividades de pesca, com outros
métodos de trabalho.
O chefe da Divisão de Proteção Ambiental do órgão no Estado, José Ribeiro, diz que não
está sendo realizado nenhum
tipo de fiscalização. "Preferimos fazer reuniões com os pescadores a repreendê-los."
Na opinião de Bonfim, a saída para os pescadores de camarão será a pesca de peixes, mas,
para isso, é necessário dinheiro
para a compra de equipamentos específicos.
Segundo o chefe da Divisão
de Pesca do Ibama no Ceará,
Cláudio Roberto de Carvalho
Ferreira, a função do órgão é
apenas fiscalizar e ordenar a
atividade de pesca no Estado.
Ele disse que cabe à Secretaria
Especial de Aqüicultura e Pesca
a função de prover recursos e
capacitação aos pescadores.
"Distribuímos um calendário
com os períodos mais apropriados para a pesca de diversas espécies. É o que podemos
fazer", disse o chefe da Divisão
de Pesca do Ibama.
Mas o chefe do escritório da
Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca no Estado, José
Augusto Negreiros Aragão,
afirmou que em nenhum momento foi procurado pelo Ibama para negociar alternativas
para os pescadores que ainda
sobrevivem da pesca de arrasto
no Ceará.
(KF)
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