Exames do Adolfo Lutz apontam diagnóstico em garoto de 2 anos, que pode ser o 1º registro autóctone no Estado desde 2000

Secretaria de Estado da Saúde afirma que vê caso como "suspeito" e que novos testes serão feitos; criança passa bem

LUÍS FERNANDO MANZOLI
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto (314 km de São Paulo) confirmou ontem que um menino de dois anos, morador do Jardim Paiva, bairro pobre da zona norte da cidade, contraiu sarampo, o que pode ser o primeiro caso autóctone registrado no Estado de São Paulo desde 2000. A criança não teve seu nome divulgado.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que vê o caso como "suspeito" e que novos exames serão feitos para reavaliar o diagnóstico.
Segundo Maria Luiza Santa Maria, diretora de Vigilância em Saúde da prefeitura, ele foi atendido em dezembro com febre, olhos vermelhos, coriza e pequenas manchas vermelhas no peito. "Inicialmente, pensávamos que era dengue. Ele fez o exame e deu negativo."
A secretaria, então -seguindo o Programa Estadual de Diagnóstico Diferenciado-, fez novos exames no Instituto Adolfo Lutz, do Estado. "Para o sarampo deu positivo, e isso foi uma surpresa para nós." O resultado saiu anteontem.
Nesse período, o menino ficou doente, mas passa bem. "Ele havia tomado a primeira dose da vacina, com um ano. Isso fez com que o quadro não evoluísse negativamente." A imunidade só acontece após a segunda dose, aos cinco anos.
O garoto vive com os pais, mas passa parte do dia na casa da avó, nos Campos Elíseos, bairro da região central. A prefeitura apura se alguém que convive com ele teve contato com alguém que esteve na Bahia, onde há um surto da doença. "Inicialmente, sabemos que nem o menino nem ninguém de sua família foi à Bahia."


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