São Paulo, sexta-feira, 02 de fevereiro de 2007

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Risco de contágio no Carnaval deixa médicos em alerta

CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os médicos paulistas começaram a receber ontem um alerta do Cremesp (Conselho Regional de Medicina) para a possibilidade de casos importados de sarampo da Bahia após o Carnaval.
A preocupação vem do fato de que muitos paulistas devem passar o Carnaval na Bahia, que registra surto da doença. Como São Paulo não tinha casos de sarampo desde 2000, os médicos podem ter dificuldade em diagnosticá-lo, segundo o Cremesp.
Até o dia 30 de janeiro ainda estavam sendo investigados na Bahia cerca de 50 novos casos suspeitos de sarampo, seis deles em Salvador. O município baiano com maior número de casos já confirmados é Filadélfia, com um total de 26, seguido de João Dourado, com 18.
"Como é uma doença que se tornou incomum no Estado, os médicos podem não suspeitar. Por isso, estamos alertando que, se um paciente apresentar febre, manchas avermelhadas pelo corpo e conjuntivite, tem que suspeitar de sarampo. Tem que investigar", diz Clélia Aranda, coordenadora de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde.
Segundo o Cremesp, os sintomas do sarampo podem acontecer até 30 dias após o regresso da pessoa da Bahia.
Clélia afirma que a secretaria já vem alertando os paulistas que irão à Bahia para tomar vacina com dez dias de antecedência, tempo necessário para a imunização. A vacina está disponível em todos os postos de saúde do Estado, inclusive em aeroportos e rodoviárias. Na avaliação da secretaria, todos devem ser imunizados, exceto quem já foi vacinado ou teve a doença.
Mas infectologistas defendem que mesmo as pessoas que dizem ter tido a doença na infância-mas não fizeram exames para comprová-la- sejam revacinados.


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