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Risco de contágio no Carnaval deixa médicos em alerta
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os médicos paulistas começaram a receber ontem
um alerta do Cremesp (Conselho Regional de Medicina)
para a possibilidade de casos
importados de sarampo da
Bahia após o Carnaval.
A preocupação vem do fato
de que muitos paulistas devem passar o Carnaval na Bahia, que registra surto da
doença. Como São Paulo não
tinha casos de sarampo desde 2000, os médicos podem
ter dificuldade em diagnosticá-lo, segundo o Cremesp.
Até o dia 30 de janeiro ainda estavam sendo investigados na Bahia cerca de 50 novos casos suspeitos de sarampo, seis deles em Salvador. O município baiano com
maior número de casos já
confirmados é Filadélfia,
com um total de 26, seguido
de João Dourado, com 18.
"Como é uma doença que
se tornou incomum no Estado, os médicos podem não
suspeitar. Por isso, estamos
alertando que, se um paciente apresentar febre, manchas
avermelhadas pelo corpo e
conjuntivite, tem que suspeitar de sarampo. Tem que investigar", diz Clélia Aranda,
coordenadora de Controle
de Doenças da Secretaria de
Estado da Saúde.
Segundo o Cremesp, os
sintomas do sarampo podem
acontecer até 30 dias após o
regresso da pessoa da Bahia.
Clélia afirma que a secretaria já vem alertando os
paulistas que irão à Bahia para tomar vacina com dez dias
de antecedência, tempo necessário para a imunização.
A vacina está disponível em
todos os postos de saúde do
Estado, inclusive em aeroportos e rodoviárias. Na avaliação da secretaria, todos
devem ser imunizados, exceto quem já foi vacinado ou teve a doença.
Mas infectologistas defendem que mesmo as pessoas
que dizem ter tido a doença
na infância-mas não fizeram exames para comprová-la- sejam revacinados.
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