São Paulo, sexta-feira, 02 de fevereiro de 2007

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Falta de peças dificulta adequação de engate

Regulamentação sobre equipamento entrou em vigor no sábado; oficinas dizem que motoristas deixaram troca para a última hora

Quem estiver irregular está sujeito a multa de R$ 127, cinco pontos na carteira e retenção do veículo; PM já realiza a fiscalização

PAULO DE ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com as novas normas sobre a utilização de engates em vigor desde sábado, e a fiscalização da PM já em andamento, a falta de peças nas oficinas mecânicas tem impedido que um grande número de motoristas consiga fazer a regularização obrigatória do equipamento.
De acordo com o presidente da Abrafav (Associação Brasileira dos Fabricantes de Acessórios Veiculares), José Antônio Guilhem, algumas peças, como a tomada para a ligação elétrica e a "bola" (peça que vai sobre o engate) estão em falta, e deve levar pelo menos mais dez dias para o mercado ter condições de se normalizar.
"As pessoas deixaram para a última hora, com receio de tomar multas, e as oficinas foram surpreendidas com um estoque insuficiente", afirmou.
Quem estiver irregular está sujeito a multa de R$ 127, cinco pontos na carteira e retenção do veículo. A Polícia Militar afirmou que já está orientada a realizar a fiscalização.
O distribuidor de engates Ludovico Tregeli Filho estima que 90% das oficinas não têm material para atender a demanda. Mecânicos ouvidos pela Folha afirmam que têm feito, por dia, adaptações em até 40 carros. "O movimento cresceu muito e, de fato, estamos sem condições de atender todo mundo", diz Jairo Cremonezi, dono de oficina. Para evitar as multas, por enquanto, o motorista tem a opção de retirar o engate para não ficar em situação irregular.
Conforme as normas do Contran, os engates precisam ter instalação elétrica para que a carreta acompanhe a sinalização do veículo, superfícies não cortantes e elo ou gancho para fixação de corrente de segurança do reboque.
O diretor de engates e carretas do Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), Michel Ebel, diz que há cerca de 100 mil veículos circulando com engates em São Paulo.


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