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Falta de peças dificulta adequação de engate
Regulamentação sobre equipamento entrou em vigor no sábado; oficinas dizem que motoristas deixaram troca para a última hora
Quem estiver irregular está sujeito a multa de R$ 127, cinco pontos na carteira e retenção do veículo; PM já realiza a fiscalização
PAULO DE ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com as novas normas sobre a
utilização de engates em vigor
desde sábado, e a fiscalização
da PM já em andamento, a falta
de peças nas oficinas mecânicas tem impedido que um grande número de motoristas consiga fazer a regularização obrigatória do equipamento.
De acordo com o presidente
da Abrafav (Associação Brasileira dos Fabricantes de Acessórios Veiculares), José Antônio Guilhem, algumas peças,
como a tomada para a ligação
elétrica e a "bola" (peça que vai
sobre o engate) estão em falta, e
deve levar pelo menos mais dez
dias para o mercado ter condições de se normalizar.
"As pessoas deixaram para a
última hora, com receio de tomar multas, e as oficinas foram
surpreendidas com um estoque
insuficiente", afirmou.
Quem estiver irregular está
sujeito a multa de R$ 127, cinco
pontos na carteira e retenção
do veículo. A Polícia Militar
afirmou que já está orientada a
realizar a fiscalização.
O distribuidor de engates Ludovico Tregeli Filho estima que
90% das oficinas não têm material para atender a demanda.
Mecânicos ouvidos pela Folha
afirmam que têm feito, por dia,
adaptações em até 40 carros.
"O movimento cresceu muito
e, de fato, estamos sem condições de atender todo mundo",
diz Jairo Cremonezi, dono de
oficina. Para evitar as multas,
por enquanto, o motorista tem
a opção de retirar o engate para
não ficar em situação irregular.
Conforme as normas do
Contran, os engates precisam
ter instalação elétrica para que
a carreta acompanhe a sinalização do veículo, superfícies
não cortantes e elo ou gancho
para fixação de corrente de segurança do reboque.
O diretor de engates e carretas do Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), Michel
Ebel, diz que há cerca de 100
mil veículos circulando com
engates em São Paulo.
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