DA AGÊNCIA FOLHA

O governo de Minas Gerais não tem informações detalhadas sobre os acidentes que ocorrem nos 17 mil quilômetros de estradas sob sua jurisdição. A polícia rodoviária estadual conta apenas com uma totalização do número de acidentes no Estado e de possíveis causas dessas ocorrências.
Além disso, as estatísticas unificadas, que chegam ao conhecimento da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, responsável pelo dinheiro investido nas estradas, só dimensionam os acidentes nas rodovias estaduais a partir de 2007.
O motivo é que o registro de ocorrências pelas companhias de trânsito não era informatizado antes disso, o que dificulta um levantamento completo, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social.
De acordo com esses dados, nos dois últimos anos foram registrados mais de 37 mil acidentes -uma média de 52 acidentes por dia, ante 53 nas rodovias federais.
O secretário-adjunto de Transportes de MG, João Antônio Fleury Teixeira, diz que a falta de informações centralizadas não atrapalha o planejamento de investimento do governo. Segundo ele, as ações nas estradas têm como parâmetros principais as condições das rodovias e o fluxo de veículos.
Uma das bases das ações em curso pelo governo mineiro foi uma pesquisa encomendada no ano passado, com 2.600 motoristas, que mostrou que apenas 19% da malha estadual está em boas condições. O índice foi parecido, afirma Fleury, ao aferido por uma empresa contratada para fazer uma radiografia de estradas estaduais.
Fleury cita como principal estratégia do governo o Pro-MG (Programa de Recuperação e Manutenção Rodoviária de MG). Implantado em 2004, o programa consiste em firmar contratos com empresas interessadas em cuidar da recuperação e manutenção de estradas por um período de quatro anos. Ao longo do contrato, é feito um acompanhamento semanal de 33 critérios definidos no documento. (BC)



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