São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2010

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Tiroteio em banco deixa 1 morto e 2 feridos em SP

Grupo invadiu agência, feriu cliente e vigilante; um dos ladrões morreu no local

Quatro suspeitos foram presos pela polícia; agentes de segurança reagiram ao assalto ao banco na avenida Braz Leme, na zona norte

LÉO ARCOVERDE
DO "AGORA"

Cerca de 30 clientes de uma agência do Bradesco da avenida Braz Leme, em Santana (zona norte de SP), ficaram no meio de um tiroteio entre seis assaltantes e dois seguranças do banco, ontem, às 13h. Um cliente foi baleado no ombro, um vigilante foi atingido por oito tiros e um criminoso morreu. Quatro suspeitos foram presos.
Clientes tiveram de se jogar ao chão para não serem baleados. Duas paredes de vidro da agência foram destruídas durante o tiroteio.

Tumulto
A agência fica a menos de 50 metros de uma base comunitária da Polícia Militar. Dezenas de pessoas almoçavam em uma padaria vizinha ao banco no momento do assalto. Na hora do tiroteio, várias delas também se jogaram ao chão ou correram para lojas vizinhas para não serem atingidas.
De acordo com clientes, a quadrilha entrou na agência com revólveres e pistolas nas mãos. Um dos seguranças reagiu e entrou em luta com um dos assaltantes, trocando tiros com o ladrão em seguida. Comparsas do bandido atiraram então contra o vigilante. Depois, desistiram de realizar o assalto e fugiram.
Os assaltantes renderam pelo menos um motoboy e um taxista e tomaram o veículo das vítimas para fugir.
Dois deles saíram da agência carregando o parceiro baleado pelos braços, mas o largaram deitado na praça Coronel Hélio Franco Chaves. De acordo com a polícia, nada foi levado da agência.
O local ficou fechado e isolado até o fim do expediente bancário (às 16h).
O Bradesco informou ontem, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que não se pronunciaria sobre o caso.
O cliente baleado deixou a agência andando e consciente e não corre risco de morrer. Já o segurança ferido passava por cirurgia em um hospital da zona norte até o momento da conclusão desta edição.

Uniforme
A quadrilha que tentou assaltar, ontem à tarde, a agência do Bradesco, chegou ao local vestindo uniformes de uma cooperativa de transporte público, Transcooper, e trajes sociais, de acordo com testemunhas.
"Estavam todos bem vestidos. Só deu para notar que eram ladrões quando puxaram as pistolas", disse uma pessoa que estava em frente ao banco quando houve a invasão à agência e que pediu que não fosse identificada.
A Transcooper nega que o acusado morto ou o suspeito detido, que vestiam camisetas da empresa, sejam seus funcionários. Lucas Pereira da Silva, 23, que morreu no tiroteio, participou de outros roubos a bancos na região, de acordo com a polícia. Ninguém da família dele havia comparecido à delegacia até a noite de ontem.


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