DA SUCURSAL DO RIO

Em mais uma madrugada violenta, cinco pessoas morreram e duas ficaram feridas durante um ataque de traficantes no morro da Caixa D'Água, em Piedade (zona norte do Rio), no início da manhã de ontem. Além da chacina, houve também um ataque de criminosos a uma cabine da Polícia Militar, no Méier (zona norte).
Segundo a polícia, a chacina aconteceu porque traficantes de um grupo rival ao que controla o morro da Caixa D'Água invadiram a favela, por volta das 7h. Os criminosos teriam atirado nos postes e relógios de luz para deixar a área às escuras e também destruíram um santuário de São Jorge, na entrada do morro.
Policiais contaram que os traficantes entraram atirando a esmo e ainda invadiram algumas casas, matando os moradores. Das cinco vítimas, três estavam dentro de casa.
Até o fechamento desta edição, apenas duas delas haviam sido identificadas. Uma é o pedreiro Renato Sabino, 26. Segundo depoimentos de parentes, ele foi baleado dentro de casa. Sabino ainda tentou fugir, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo num ponto de ônibus localizado numa das entradas da favela.
O outro foi identificado apenas como Carlos. Segundo seu sogro, Amauri Corrêa, ele trabalhava como vigilante e estava dormindo com a mulher e o filho, de dois anos, quando ouviu a movimentação no morro e tentou abrir a porta de casa, sendo atingido por dois tiros no peito.
Os feridos -Marcilene Teodoro da Silva, 47, e Luciano de Jesus de Souza, 19- foram levados para o Hospital Salgado Filho (zona norte). Conforme informações dos médicos, o quadro dos dois é estável.
Momentos antes da chacina, uma cabine da PM, localizada na principal rua do Méier, a Dias da Cruz, foi metralhada por cinco homens, armados com fuzis, em um automóvel Siena. Os três policiais que estavam na frente da cabine conseguiram se esconder e não se feriram.
Ainda durante a madrugada, traficantes da favela de Manguinhos (zona norte) trocaram tiros com PMs. No confronto, o soldado Edmilson Cardoso Filho foi baleado na perna direita.


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