São Paulo, sábado, 02 de junho de 2001

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EDUCAÇÃO

Sindicatos que representam funcionários e professores da USP, Unicamp e Unesp pedem reajuste de 13,5% e contratações

Universidades públicas param por reajuste

DA FOLHA CAMPINAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Sindicatos que representam trabalhadores e docentes da USP, Unicamp e Unesp promoveram ontem uma paralisação nas três universidades para pressionar o conselho de reitores a aceitar suas reivindicações.
A principal reivindicação dos sindicatos é o reajuste salarial de 13,5%. O Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) ofereceu 6% de aumento há duas semanas, proposta que foi rejeitada.
Às 18h30 de ontem, integrantes do Fórum das Seis (entidade que representa funcionários e docentes das três universidades) se reuniram com o Cruesp para discutir as reivindicações. A reunião não havia terminado até a conclusão desta edição.
Um protesto realizado na Unicamp contou com a participação de 200 funcionários da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e cerca de cem alunos.
Além do reajuste salarial de 13,5%, os sindicatos exigem a democratização das universidades, a ampliação da oferta de vagas e a contratação de novos professores, além de pautas específicas para cada universidade.
Os sindicatos de trabalhadores e funcionários das três universidades não descartaram a possibilidade de os trabalhadores entrarem em greve se as reivindicações não forem atendidas.
No ano passado, funcionários e docentes das três universidades fizeram 52 dias de paralisação.
De acordo com o STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp), 50% dos 8.440 funcionários da universidade paralisaram suas atividades à tarde.
As aulas e o atendimento do HC (Hospital de Clínicas) não foram paralisados, segundo o STU.
Durante toda a tarde, os manifestantes realizaram protestos em frente à reitoria.
A reitoria da Unicamp informou, por meio da assessoria, que a paralisação foi apenas simbólica e atingiu poucos setores. Ainda de acordo com a assessoria, apenas cem funcionários participaram da manifestação.
Segundo o sindicato dos funcionários da USP, a paralisação foi bem-sucedida e parou por completo unidades como a Escola de Comunicações e Artes, a Faculdade de Economia e Administração e a prefeitura do campus.
Nove ônibus foram para Campinas, para participar da manifestação na Unicamp.
A assessoria de imprensa da USP informou que a reitoria não fez nenhum levantamento para medir o impacto da paralisação ontem. A reitoria funcionou normalmente.



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