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SEGURANÇA
Tropa deixará Estado gradativamente; punição a PMs não foi descartada
Exército só começa a sair do TO na 2ª
ALESSANDRO SILVA
ENVIADO ESPECIAL A PALMAS
As tropas do Exército no Tocantins, convocadas para conter a
greve da Polícia Militar, devem
começar a deixar o Estado, gradativamente, depois de amanhã.
Cerca de mil homens, dois helicópteros e oito blindados estão
estacionados na capital, Palmas,
desde o último domingo.
Ontem, no primeiro dia após o
fim da greve, a força-tarefa federal
começou a mapear possíveis focos de resistência no interior. Por
enquanto, o comando interventor
na PM descarta enviar soldados
para outros municípios.
A paralisação durou 12 dias e
atingiu as maiores cidades do Estado, fazendo com que pelo menos três cidades do interior decretassem estado de emergência por
causa da falta de policiamento.
O Exército continua fazendo o
policiamento em Palmas, com
policiais civis e PMs que não se
amotinaram. Na segunda-feira de
manhã, os rebelados do 1º BPM, o
maior batalhão do Estado, vão se
apresentar para o trabalho.
As tropas federais ainda estão
no comando dos policiais militares até a normalização do policiamento de rua. Ontem, o coronel
Constantino Magno já havia assumido parte da coordenação para
reativar o patrulhamento.
O batalhão de Palmas, onde cerca de 500 PMs ficaram aquartelados com mulheres e filhos, estava
vazio ontem. "Teremos uma apuração geral de todos os fatos, mas
não podemos precisar o tipo de
punição e quantas serão aplicadas", disse o coronel. De imediato, não deve haver troca de comandantes ou transferências de
policiais, segundo ele. E demissões? "Talvez sim, talvez não."
A garantia de emprego havia sido um dos pedidos dos grevistas,
conforme eles anunciaram após
encontro com representantes do
Ministério Público Federal e do
Estadual e com o Exército.
A Secretaria Estadual de Comunicação (Secom) distribuiu nota à
imprensa contendo dados sobre o
sargento Manoel Aragão, principal líder do movimento.
Segundo a nota, Aragão já passou 50 dias na cadeia e responde a
processo por indisciplina.
Mas a ficha do sargento vem
sendo apurada desde maio de 96.
Em junho de 2000, o promotor de
Justiça Militar César Augusto
Margarito Zaratin o denunciou
por envolvimento em fraudes na
expedição de carteiras de habilitação. Para Manoel Aragão, a medida caracteriza perseguição.
Colaborou a Agência Folha
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