São Paulo, sábado, 02 de junho de 2001

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PANORÂMICA

SANEAMENTO PÚBLICO

Documento do governo do RS critica projeto de privatização do setor
O Rio Grande do Sul aprovou ontem, durante o "Fórum Estadual pelo Saneamento Público", documento que expressa a posição contrária do governo e de entidades do Estado ao projeto de lei 4.147, que tramita no Congresso. O texto prevê a privatização da área de saneamento.
O texto diz que o setor energético, que sofreu processo de privatização e está em crise, serve para mostrar que a desestatização do saneamento não é uma saída indicada para o país.
O governador Olívio Dutra (PT), que participou do fórum, disse que o projeto integra uma política de sucateamento do Estado. Ele declarou que a água, por ser um recurso fundamental à vida, não pode ser tratada como uma mercadoria privada, "ainda mais no Brasil, onde o saneamento é uma questão de saúde pública".
O documento manifesta "rejeição integral" ao projeto, por considerá-lo inconstitucional e contrário aos interesses da população. O Rio Grande do Sul enviará cópia do documento ao presidente Fernando Henrique Cardoso e ao Congresso.
Conforme os participantes do fórum, é preciso implantar uma política nacional de saneamento ambiental que "contemple as ações coordenadas das esferas federal, estadual e municipal para o abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais, resíduos sólidos e controle de vetores nas áreas urbanas e rurais".
No documento, o fórum reivindicou que o governo federal libere o acesso das empresas públicas de saneamento aos recursos financeiros da União, a fim de garantir a continuidade de investimentos, a expansão e a melhoria de serviços. Olívio disse que, com R$ 2 ao ano por habitante, em pouco tempo o país universalizaria o serviço de saneamento. (DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE)



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