São Paulo, domingo, 02 de junho de 2002

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Nova remuneração não traz melhoria

DO "AGORA"

Mudanças na forma de pagamento das empresas, priorizando o passageiro transportado, ainda não tiveram resultados práticos para os usuários das linhas de ônibus em São Paulo.
No contrato emergencial assinado no último dia 22 de janeiro, 37 empresas foram reunidas em oito consórcios. Um nono consórcio foi constituído pela CCTC, cooperativa de ex-funcionários da extinta CMTC, que opera frota pública em três regiões da cidade.
A gestão Marta Suplicy (PT) alterou a forma de remuneração das empresas, estimulando-as a correr atrás do passageiro perdido no sistema -há dez anos eram transportadas, em média, 152,4 milhões de pessoas/mês, hoje a média está em 85,5 milhões.
De 1992 para cá, o transporte público em São Paulo se caracteriza pelo envelhecimento da frota e pela migração de passageiros para o sistema de lotações.
Desde maio do ano passado, o sistema de ônibus municipal deixou de receber subsídios dos cofres da prefeitura. A iniciativa do poder público resultou em aumento da tarifa acima da inflação.
Com a contratação emergencial, além de considerar os gastos, a SPTrans paga as empresas pelas pessoas transportadas.
Foi criada uma meta mínima de passageiros -3,5 milhões por dia em toda a capital. O que cada consórcio transportar a mais do que a fatia prevista fica com ele.
Nos oito consórcios, foram unidas empresas que antes competiam entre si pelo mesmo passageiro. Deveriam buscar, juntas, transportar mais e reduzir custos.
Mas dados da SPTrans mostram aumento das reclamações por itinerários errados, dos ônibus sem placas de identificação e descumprimento de horários.



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