Líquido é utilizado para lubrificação de escavadeiras e para evitar atrito; segundo o Consórcio Via Amarela, vazamento é normal

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um vazamento de espuma nas obras do metrô ontem pela manhã assustou moradores de Pinheiros (zona oeste) e interditou parcialmente a esquina das ruas Simão Álvares e dos Pinheiros durante parte do dia.
Sob a região, o megatatuzão, como foi batizada a máquina, faz escavações entre as futuras estações Faria Lima e Fradique Coutinho do metrô.
A interdição foi volta das 10h30. Segundo o Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras do Metrô, o vazamento de espuma, usada para lubrificar a escavadeira e evitar atrito, é normal na perfuração do túnel, e o produto vaza freqüentemente em terrenos porosos.
O incidente, explicou a concessionária, não causou risco algum. Como a máquina faz pressão, a água é jogada para cima e emerge para superfície. Não houve rachaduras das casas. O volume de espuma vazada foi pouco, na avaliação da companhia do Metrô.
À tarde, quando o tráfego já estava liberado, uma água amarelada formava poças na altura do número 870 da rua dos Pinheiros. Uma base móvel de atendimento da Via Amarela estava fechada no local.
Por precaução, a rua foi interditada porque a pista poderia ficar escorregadia para os carros e causar acidentes de trânsito na região.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) montou um desvio pela rua Capitão Prudente e um afunilamento na própria rua dos Pinheiros para abrir passagem para carros.
Um canteiro de obras da futura estação Pinheiros da linha 4 do metrô desabou em 12 de janeiro. O acidente, segundo construtoras responsáveis pela obra, foi devido à instabilidade do solo da região, agravada pelas fortes chuvas de dias antes. Sete pessoas morreram.
"Foi um susto porque ninguém sabia o que era aquela coisa. Todo mundo lembra logo da cratera", afirmou o office-boy Marcelo Diego Pereira, 23.


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