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FAB abre inquérito para investigar controladores
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Aeronáutica decidiu anteontem abrir um IPM (Inquérito Policial Militar) para investigar a atuação dos controladores de vôo no acidente da Gol. A
decisão ocorreu após o procurador federal em Cuiabá, Thiago de Andrade, denunciar os
controladores à Justiça Federal, que acatou a acusação.
A recomendação da Polícia
Federal e a expectativa nos
meios militares eram de que o
caso seria encaminhado para o
Ministério Público Militar.
Com isso, o comandante da
FAB, Juniti Saito, decidiu pelo
IPM, como forma de suscitar o
"conflito de competência".
O IPM foi aberto para "apurar eventual prática de crime
militar que se possa relacionar
com o acidente de 29 de setembro, envolvendo controladores
no desempenho da atividade,
que está na esfera e competência da Aeronáutica", informou
a assessoria de imprensa.
Os quatro controladores
-Jomarcelo dos Santos, Lucivando de Alencar, Leandro
Barros e Felipe dos Reis- respondem pelo crime de "colocar
em risco a segurança de transporte aéreo" do Código Penal.
Ele não tem equivalente exato
no Código Penal Militar, no
qual existe a especificação de
que o crime precisa envolver
uma aeronave militar.
Caso o IPM aponte um crime, um procurador militar precisa concordar e o juiz militar
precisa aceitar a denúncia. Nessa situação, caberá ao Superior
Tribunal de Justiça determinar
se o processo correrá pela Justiça comum ou militar.
A Folha contatou o advogado dos controladores, mas não
obteve resposta.
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