|
Próximo Texto | Índice
Prédios que mais afetam trânsito não têm licença
Oito estabelecimentos, entre shoppings e escolas, funcionam sem Habite-se
Cinco locais não contam com autorização da Companhia de Engenharia de Tráfego, que exige obras para reduzir impacto nas ruas da capital
ROGÉRIO PAGNAN
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
Oito dos dez principais pólos
geradores de tráfego da cidade
de São Paulo -aqueles lugares
que mais atraem veículos e são
sinônimo de sérias complicações no trânsito- funcionam
sem o auto de conclusão de
obras, o Habite-se -documento que comprova a obediência
de uma construção às normas
legais, inclusive as de segurança e as de trânsito.
São seis shoppings e duas
instituições de ensino nessa situação, segundo o próprio município, alguns em funcionamento há mais de 40 anos. É o
caso do shopping Iguatemi e do
colégio Mackenzie.
A Prefeitura de São Paulo,
responsável pela fiscalização e
pela emissão do Habite-se, não
diz se algum dia eles já tiveram
tal documento nem qual é o
problema de cada um. Alega
que isso é de interesse apenas
do empreendedor.
Informa, porém, que cinco
dos oito endereços problemáticos não comprovaram a realização das obras e dos serviços
exigidos pela CET (Companhia
de Engenharia de Tráfego).
As intervenções são cobradas
como forma de amenizar o impacto no trânsito e são condicionantes para concessão do
Habite-se.
Segundo a prefeitura, não
têm Habite-se nem Trad (documento fornecido pela CET
que comprova a execução das
obras) os shoppings Center
Norte, Bourbon Shopping
Pompéia, Aricanduva e Eldorado e a universidade Uninove,
na zona oeste.
Dos dez, apenas os shoppings
Anália Franco e Morumbi possuem toda a documentação exigida, segundo a prefeitura.
A lista dos principais pontos
geradores de tráfego e a situação parcial de cada um deles foram fornecidas pelas secretarias de Transportes e das Subprefeituras, a pedido da Folha.
Os responsáveis pelos empreendimentos disseram que
apresentaram toda a documentação exigida pelo município e
aguardam a análise.
A Folha solicitou à prefeitura alguém que falasse sobre o
tema. A Secretaria de Transportes informou que ninguém
falaria -nem apresentou justificativa.
O pedido foi repassado a
Leão Serva, assessor de imprensa do prefeito Gilberto
Kassab (DEM), e ele voltou a
indicar os Transportes. Outra
vez procurada, a pasta não indicou ninguém.
Próximo Texto: Geradores de trânsito têm "imunidade" desde 2003 Índice
|