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Justiça proíbe escolas de Mato Grosso de servir chá e pipoca como merenda
RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
Cerca de 450 alunos de 3 a
14 anos da rede municipal de
Planalto da Serra, em Mato
Grosso, recebiam como merenda um saco de pipoca e
uma xícara de chá.
Por decisão da Justiça,
agora o cardápio deverá ser
preparado com a supervisão
de um nutricionista.
Caso não cumpra a decisão, a prefeitura será multada em R$ 10 mil por dia.
Com cerca de 2.700 habitantes, Planalto da Serra (256
km de Cuiabá) diz que aguarda a aprovação de uma abertura de crédito para a compra
de alimentos. A cidade recebe recursos federais para a
merenda -ano passado foram R$ 21,7 mil.
O Ministério Público, que
pediu a regularização da merenda em ação civil pública,
abriu inquérito para apurar
possível desvio de verbas.
Em 25 de maio, o prefeito
Dênio Ribeiro (DEM) enviou
às escolas um comunicado
no qual declara que a prefeitura está "impossibilitada de
oferecer a merenda escolar".
A Folha procurou a Prefeitura de Planalto da Serra,
mas não obteve resposta.
VALOR NUTRICIONAL
Para a nutricionista Bárbara Prado, uma merenda à base de pipocas e chá não atende a necessidade alimentar
dos alunos e ainda traz quantidades de gordura e sal muito acima do recomendado
para uma pequena refeição.
"Essa combinação não
tem nenhum valor nutricional, e traz prejuízos óbvios a
crianças que não se alimentam bem em casa."
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