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Beneficiados desconhecem atualização
LUCIANA PAREJA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A dona-de-casa Ana Maria Nascimento de Souza, 29, ainda não
estava informada sobre a atualização dos dados no Renda Mínima,
mas sabe da diferença que o dinheiro faz em seu orçamento.
Com seis filhos para criar, de idades que vão de um a dez anos, ela
recebe da prefeitura R$ 200 por
mês. O benefício é superior aos
rendimentos do marido.
"Ajudante de pedreiro já não
ganha bem, trabalhando em "bico", então, só Deus para ter misericórdia." Atualmente ele está
empregado em uma obra, mas
não tem contrato em carteira. Ela
reforça o orçamento passando
roupa para alguns vizinhos (o que
lhe garante em média R$ 50 por
mês) e cuidando do filho de uma
vizinha no período da manhã.
"Tenho todos os meus filhos na
escola, e o mais novo, de um ano,
está na fila da creche."
Dividindo sua casa com oito dos
nove filhos com idades variadas
(de quatro a 29 anos), Geralda
Aparecida Xavier Costa, 46, recebe do programa R$ 169 pelos três
mais novos, de oito, cinco e quatro anos. "Todos estudam, estão
em colégios do Estado." Seu rendimento mensal é de cerca de R$
600, que ganha fazendo faxina.
Geralda também não sabia que
teria que repassar os dados, pois
disse que na última vez que foi
aprovada pelo programa, no ano
passado, recebeu a orientação de
que a atualização só seria feita novamente depois de dois anos.
A dona-de-casa Maria Claudia
da Silva dos Santos, 36, é uma da
únicas da região onde mora, no
Jardim Iguatemi (zona leste da capital), que não foi cortada do programa após a primeira atualização, realizada em 2002.
Mãe de sete filhos -com idades
entre 3 e 19 anos- e com um marido aposentado por invalidez, ela
conta que nunca sobreviveria sem
o auxílio do Renda Mínima e do
Bolsa Família, programa do governo federal.
A renda da família da dona-de-casa é dividida entre R$ 300 da
aposentadoria do marido, R$ 180
do Renda Mínima e R$ 95 do Bolsa Família. "Agora meu filho começou a trabalhar e também está
me ajudando com R$ 200", afirmou Maria Claudia.
Colaborou o "AGORA"
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