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Greve no metrô deve afetar 3 milhões de passageiros hoje
Sindicato reivindica o pagamento de R$ 1.800 relativos à participação nos lucros
Justiça determinou que os funcionários mantenham em operação 85% dos trens durante os horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 19h
DA REPORTAGEM LOCAL
Os metroviários decidiram
ontem à noite paralisar o metrô
de São Paulo a partir de 0h de
hoje, por tempo indeterminado, para reivindicar o pagamento de R$ 1.800 relativos à
participação nos lucros.
Durante as negociações, o
Metrô ofereceu ao sindicato da
categoria pagar um salário de
participação, com adiantamento de R$ 800 em 1º de setembro, o que foi recusado.
A vice-presidente do TRT
(Tribunal Regional do Trabalho), Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva, determinou que
os metroviários devem manter
em operação 85% dos trens durante os horários de pico, das
6h às 9h e das 16h às 19h, e 60%
no restante do dia.
Na última greve, em 14 de junho, cerca de 3 milhões de passageiros foram prejudicados.
Devido à paralisação, o Metrô e
o Sindicato dos Metroviários
foram condenados pelo TRT a
pagar 225 cestas básicas cada
um como indenização pelos
transtornos causados.
Em nota divulgada no início
da noite, o Metrô afirmou estar
preparado para a greve e ter
montado um esquema especial
para reduzir os transtornos.
"O Metrô negocia até o limite
da sua capacidade. Atualmente,
o Metrô consome 67% da sua
receita com a folha de pagamento", afirma a nota.
O Metrô afirma, ainda, que já
pagou a participação nos lucros
em maio. "O sindicato insiste
em antecipar o pagamento de
2007. Neste ano o Metrô já pagou o benefício, referente ao
ano passado. Com a antecipação, o sindicato quer receber
duas vezes o mesmo benefício,
no mesmo ano", diz a nota.
Serão reforçadas as linhas de
ônibus da SPTrans. As operações da CPTM (Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos) e da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) serão reforçadas.
A CPTM também vai iniciar a
operação dos trens mais cedo, a
partir das 4h, e o reforço no horário de pico poderá ser prolongado além das 8h.
Outra medida é a suspensão
da Ponte Orca (Operador Regional Coletivo Autônomo) que
opera os trechos Barra Funda-Vila Madalena e Cidade Universitária-Vila Madalena.
O mesmo ocorrerá com a integração gratuita nas estações
Brás, Luz, Barra Funda e Santo
Amaro, até o fim da paralisação.
A estação Corinthians-Itaquera permanecerá fechada
enquanto durar a greve, para
não pressionar o sistema de
trens da região.
A prefeitura não anunciou a
suspensão do rodízio de veículos na cidade. Em greves anteriores, as multas aplicadas foram canceladas.
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