São Paulo, quinta-feira, 02 de agosto de 2007

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Greve no metrô deve afetar 3 milhões de passageiros hoje

Sindicato reivindica o pagamento de R$ 1.800 relativos à participação nos lucros

Justiça determinou que os funcionários mantenham em operação 85% dos trens durante os horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 19h

DA REPORTAGEM LOCAL

Os metroviários decidiram ontem à noite paralisar o metrô de São Paulo a partir de 0h de hoje, por tempo indeterminado, para reivindicar o pagamento de R$ 1.800 relativos à participação nos lucros.
Durante as negociações, o Metrô ofereceu ao sindicato da categoria pagar um salário de participação, com adiantamento de R$ 800 em 1º de setembro, o que foi recusado.
A vice-presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva, determinou que os metroviários devem manter em operação 85% dos trens durante os horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 19h, e 60% no restante do dia.
Na última greve, em 14 de junho, cerca de 3 milhões de passageiros foram prejudicados. Devido à paralisação, o Metrô e o Sindicato dos Metroviários foram condenados pelo TRT a pagar 225 cestas básicas cada um como indenização pelos transtornos causados.
Em nota divulgada no início da noite, o Metrô afirmou estar preparado para a greve e ter montado um esquema especial para reduzir os transtornos.
"O Metrô negocia até o limite da sua capacidade. Atualmente, o Metrô consome 67% da sua receita com a folha de pagamento", afirma a nota.
O Metrô afirma, ainda, que já pagou a participação nos lucros em maio. "O sindicato insiste em antecipar o pagamento de 2007. Neste ano o Metrô já pagou o benefício, referente ao ano passado. Com a antecipação, o sindicato quer receber duas vezes o mesmo benefício, no mesmo ano", diz a nota.
Serão reforçadas as linhas de ônibus da SPTrans. As operações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) serão reforçadas.
A CPTM também vai iniciar a operação dos trens mais cedo, a partir das 4h, e o reforço no horário de pico poderá ser prolongado além das 8h.
Outra medida é a suspensão da Ponte Orca (Operador Regional Coletivo Autônomo) que opera os trechos Barra Funda-Vila Madalena e Cidade Universitária-Vila Madalena.
O mesmo ocorrerá com a integração gratuita nas estações Brás, Luz, Barra Funda e Santo Amaro, até o fim da paralisação.
A estação Corinthians-Itaquera permanecerá fechada enquanto durar a greve, para não pressionar o sistema de trens da região.
A prefeitura não anunciou a suspensão do rodízio de veículos na cidade. Em greves anteriores, as multas aplicadas foram canceladas.


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