São Paulo, quinta-feira, 02 de agosto de 2007

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Por falta de médicos, PE "exporta" seus pacientes

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

A crise no sistema de saúde de Pernambuco, provocada pelo movimento demissionário de médicos da rede pública por melhores salários, levou o governo do Estado a contratar helicópteros e UTIs móveis para transportar pacientes graves a hospitais da Paraíba e do Ceará.
A decisão foi anunciada ontem pelo secretário estadual da Saúde, Jorge Gomes, um dia após os médicos recusarem, em assembléia, a proposta de reajuste salarial do Estado.
Os médicos afirmaram que preferem deixar os cargos a aceitar o aumento de 7% no salário-base (R$ 1.540) e o abono de R$ 550 oferecidos pelo Estado. A categoria reivindica salário inicial de R$ 2.161, mais R$ 1.080 de gratificação.
Segundo o secretário, os pacientes em estado grave serão transferidos para João Pessoa (150 km de Recife), ou para Barbalha, no Ceará (600 km de Recife). O governador Eduardo Campos (PSB) solicitou o reforço de profissionais das Forças Armadas de outros Estados.
Ontem, mais 13 cirurgiões entregaram seus cargos. O governo, entretanto, não havia recebido os pedidos de exoneração até a noite e manteve em 60 o número oficial de demissões. Para o sindicato, 141 médicos já se afastaram. (FÁBIO GUIBU)


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