São Paulo, sábado, 02 de agosto de 2008

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CRIME

Ocupantes de carro acusados de matar PM se entregam à polícia

DA REPORTAGEM LOCAL

Três dos quatro ocupantes do Gol prata acusados de arrastar por 600 metros um policial militar em Diadema (Grande São Paulo) se apresentaram ontem de madrugada à Polícia Civil. Eles foram presos temporariamente, acusados da morte do PM, ocorrida um dia antes.
O condutor do Gol, Deivison da Silva Lira, 19; o carona William Braga de Sá, 22; e o passageiro do banco de trás do motorista, Johnny Araújo dos Santos, 20, foram ao 1º Distrito Policial de Diadema com seus advogados.
O quarto ocupando, Rivaldo Dias Rocha, 20, está preso desde anteontem.
Em depoimento à polícia, os três declararam que não tiveram a intenção de matar o soldado Alexandre Sérgio Oliveira Sobrinho, 29, que teve traumatismo craniano ao bater a cabeça num muro, após ter sido solto.
Sobrinho e outro PM patrulhavam a rua Graciosa à noite. Ao notarem um motociclista sem capacete, foram multá-lo. A vítima percebeu que o Gol com quatro ocupantes havia estacionado na contramão. Solicitou os documentos e a carteira de habilitação do motorista -Lira.
Lira e os outros dois presos ontem alegam que a vítima se escorou na janela do motorista e tentou arrancar a chave do contato da ignição. O motorista afirmou à polícia ter tido medo de ser multado, pois havia bebido, e acelerou para escapar.
Segundo ele, Sobrinho ficou preso na janela até que o carro passou por uma lombada. O solavanco fez o PM ser arremessado na rua.
As declarações à polícia de Rocha, que estava no banco de trás, no entanto, contradizem Lira. Rocha afirmou que o motorista e Santos puxaram o PM pelo braço.
Os quatro foram indiciados por homicídio doloso (intencional).
O dono do carro, Adeilson de Jesus, 24, que emprestou o veículo aos quatro, foi preso por falsa comunicação de crime, já que havia dito que seu automóvel havia sido roubado. Preso anteontem, foi solto no dia seguinte.
O corpo do PM foi enterrado ontem em Guaianases, na zona leste de São Paulo. Cerca de 300 pessoas, acompanharam o cortejo, entre elas, o secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão.
(KLEBER TOMAZ)


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