São Paulo, domingo, 02 de setembro de 2007

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Pitbull mata aposentado de 76 anos em São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Civil vai apurar se houve irresponsabilidade dos donos do cão pitbull Zeus, 4, que matou o aposentado Haroldo da Silva, 76, anteontem na zona sul de São Paulo.
Viúvo havia dois anos, Silva foi lateral-esquerdo do Fluminense. Ele foi enterrado no cemitério da Vila Mariana com uma bandeira do clube.
O caso foi registrado no 17º Distrito Policial como crime de homicídio culposo (sem intenção de matar). Três das quatro filhas da vítima na capital deverão prestar esclarecimentos.
Silva, apelidado de Dodô, foi atacado as 18h25 pelo cachorro da sua própria família quando ia fumar cigarro no quintal.
"Ao abrir a porta, Zeus pulou sobre ele, que caiu e bateu a parte de trás da cabeça no chão. Segundo o laudo do IML [Instituto Médico Legal], morreu de hemorragia decorrente dessa queda contundente, ou seja, pela pancada", afirmou o empresário Alfredo, 40, marido de uma das filhas de Silva.
O familiar não informou seu sobrenome e disse não saber quem é o dono do cão. Alfredo refutou a afirmação dos vizinhos de que o idoso morreu por causa das mordidas. "Ele foi ferido no rosto e braço, mas não foi isso que o matou."
Foi a primeira vez, disse, que Zeus agrediu uma pessoa. "O cão pode ter se assustado."
Segundo ele, tanto Zeus quanto Pandora, a fêmea de pitbull da mesma idade e que morava com o outro cão na casa, serão sacrificados a pedido das filhas. Os cães foram levados ao Centro de Controle de Zoonoses, onde devem ser mortos com injeção letal.
No dia em que o idoso morreu, outros seis casos de ataques da raça pitbull a pessoas foram registrados na Zoonoses.
(KLEBER TOMAZ)


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