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Pitbull mata
aposentado
de 76 anos
em São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Civil vai apurar se
houve irresponsabilidade dos
donos do cão pitbull Zeus, 4,
que matou o aposentado Haroldo da Silva, 76, anteontem
na zona sul de São Paulo.
Viúvo havia dois anos, Silva
foi lateral-esquerdo do Fluminense. Ele foi enterrado no cemitério da Vila Mariana com
uma bandeira do clube.
O caso foi registrado no 17º
Distrito Policial como crime de
homicídio culposo (sem intenção de matar). Três das quatro
filhas da vítima na capital deverão prestar esclarecimentos.
Silva, apelidado de Dodô, foi
atacado as 18h25 pelo cachorro
da sua própria família quando
ia fumar cigarro no quintal.
"Ao abrir a porta, Zeus pulou
sobre ele, que caiu e bateu a
parte de trás da cabeça no chão.
Segundo o laudo do IML [Instituto Médico Legal], morreu de
hemorragia decorrente dessa
queda contundente, ou seja,
pela pancada", afirmou o empresário Alfredo, 40, marido de
uma das filhas de Silva.
O familiar não informou seu
sobrenome e disse não saber
quem é o dono do cão. Alfredo
refutou a afirmação dos vizinhos de que o idoso morreu por
causa das mordidas. "Ele foi ferido no rosto e braço, mas não
foi isso que o matou."
Foi a primeira vez, disse, que
Zeus agrediu uma pessoa. "O
cão pode ter se assustado."
Segundo ele, tanto Zeus
quanto Pandora, a fêmea de
pitbull da mesma idade e que
morava com o outro cão na casa, serão sacrificados a pedido
das filhas. Os cães foram levados ao Centro de Controle de
Zoonoses, onde devem ser
mortos com injeção letal.
No dia em que o idoso morreu, outros seis casos de ataques da raça pitbull a pessoas
foram registrados na Zoonoses.
(KLEBER TOMAZ)
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